Framboesa e mirtilo são culturas típicas de regiões mais frias.
Agricultores apostam na diversificação da propriedade.
A aposta veio como alternativa de renda para o produtor, que antes plantava apenas morango e batata em um hectare e meio de área. A expectativa é de colher duas toneladas até fevereiro. “Quase 100% mais que o ano passado”, conta.
A fruta vermelha e saborosa, muito procurada pela beleza e sabor cítrico, é vendida no estado de São Paulo por cerca de R$ 25 a caixa com um 1,2 quilo.
Laércio começou a plantar framboesa há três anos. Na mesma época, ele também apostou no cultivo do mirtilo. Alguns pés ainda estão com flores, mas boa parte já é colhida.
O mirtilo é originário da América do Norte. A fruta pequena, menor até do que uma uva, é usada na produção de polpas de sucos, doces cristalizados e geleias. Ela também pode ser consumida in natura.
Apesar do bom preço, o produtor ainda arca com os investimentos feitos no solo para a plantação, cerca de R$ 40 mil.
Para o engenheiro agrônomo da Emater, Aparecido Martins, o investimento vale a pena. “É mais uma opção de renda para o produtor. Vimos de um ciclo de mais de dois anos com a cultura da batata com preços baixos e o mirtilo é mais uma alternativa de geração de renda”.
É o que espera Aristides Almeida, que ainda investe no cultivo com cautela para não ter prejuízos. Ele tem uma produção menor, deve colher este ano 500 quilos da fruta e aponta as vantagens do consumo. “É um produto que a gente não usa agrotóxico, é bem natural e esperamos que ganhe o mercado”.
O sucesso do cultivo das chamadas frutas vermelhas já começa a se difundir na região. Agricultores de outros municípios também estão investindo na framboesa e no mirtilo.
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