"Caixa dois não é corrupção, é outro crime. Corrupção pressupõe contrapartida", afirmou o ministro
Redação
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, negou nesta quinta-feira (21) haver contradição entre falas atuais e declarações como juiz sobre a gravidade da prática de caixa dois.
Recentemente, o ex-magistrado declarou que a prática não era tão grave quanto a corrupção, ao explicar o fatiamento do pacote anticrime proposto pelo governo.
O ministro foi cobrado pelos seus críticos, que relembraram frases antigas de Moro sobre o assunto, sempre em tom mais contundente.
“Houve uma má interpretação da imprensa. O que eu disse no passado foi que, quando o dinheiro da propina era dirigido ao financiamento ilegal de campanha, era pior do que [quando gera] enriquecimento ilícito. Caixa dois não é corrupção, é outro crime. Corrupção pressupõe contrapartida. Ambos são graves, e o governo toma posição firme em relação aos dois, diferentemente de qualquer outro [antes]”, afirmou Moro, em Paris, para uma reunião do Grupo de Ação Financeira (Gafi), órgão de combate a crimes contra o sistema financeiro. Com informações da Folha.
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