Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O médium João de Deus está preso desde 16 de dezembro
O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), negou hoje (28) mais um pedido de liberdade que havia sido feito
pelo médium João de Deus, que está preso desde 16 de dezembro sob a
acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável.
Desta vez, Cordeiro negou seguimento ao habeas corpus de João de Deus no
tribunal superior, em Brasília, por motivos processuais, alegando
supressão de instâncias, uma vez que o Tribunal de Justiça de Goiás
(TJ-GO) não julgou o mérito de um mesmo pedido de liberdade feito no
âmbito estadual. O ministro do STJ já havia negado, no início deste mês,
um pedido de prisão domiciliar feito por João de Deus. Um dos
argumentos para a rejeição foi de que o médium movimentou, por
intermédio de um terceiro, quantias milionárias em aplicações
financeiras. Na ocasião, Nefi Cordeiro também afirmou haver relatos de
ameaças a testemunhas para que não denunciassem os abusos. O ministro
disse ainda que a Justiça de Goiás, que determinou a prisão de João de
Deus, informou ter como garantir o atendimento médico ao médium. A
defesa do médium argumenta que João de Deus não tem condições de
permanecer no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia (GO), onde
encontra-se preso preventivamente, por ter 77 anos e sofrer de doença
coronariana e vascular, além de ter sido operado recentemente de um
câncer no estômago. João de Deus é réu em duas ações penais decorrentes
de denúncias feitas pelo Ministério Público de Goiás envolvendo casos de
abuso sexual a frequentadoras do centro espírita Casa Dom Inácio de
Loyola, em Abadiânia (GO). Ele nega as acusações.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário