Em nota, a Caixa disse que “repudia práticas e atitudes de discriminação cometidas contra qualquer pessoa”. Além do afastamento, a instituição informou que abriu uma apuração via corregedoria sobre o caso. Ainda de acordo com o comunicado, o banco vai fazer nesta quinta-feira (28) um treinamento específico com toda sua rede de atendimento para “reforçar sua Política de Relacionamento com Clientes”.
Veja o posicionamento completo do banco:
"A CAIXA repudia práticas e atitudes de discriminação cometidas contra qualquer pessoa. Sobre o ocorrido na agência Relógio de São Pedro, em Salvador, informamos que o banco abriu uma apuração pela Corregedoria e afastou o empregado da agência. A CAIXA vai realizar amanhã (28) um treinamento específico com toda sua rede de atendimento para reforçar sua Política de Relacionamento com Clientes.
Ressaltamos que as relações da CAIXA com seus clientes e usuários são orientadas pela ética, com respeito aos direitos humanos universais. A CAIXA prima pelo respeito à diversidade de raça, origem, etnia, gênero, cor, idade, classe social ou qualquer tipo de diferença entre as pessoas. Outra diretriz da Política é o atendimento com zelo, presteza e prontidão aos clientes e usuários, de forma justa e equitativa.”
Na tarde desta terça (26), manifestantes fizeram uma mobilização em frente à Caixa do Relógio de São Pedro,mesmo local onde tudo ocorreu, contra a agressão sofrida por Crispim. Durante a manifestação pacífica, as pessoas que participavam do protesto gritavam palavras de ordem e discursava para os manifestantes e clientes do banco.
O caso
Proprietário da farmácia Terral em Salinas da Margarida, no Recôncavo Baiano, Crispim contou que foi sete vezes na agência para obter comprovantes de pagamento de cheques, mas não conseguiu solucionar o problema. No dia 19, acompanhado da filha de 15 anos, resolveu procurar atendimento. O empresário disse que foi atendido por um gerente de prenome Mauro.
Cansado de esperar, Crispim procurou o gerente geral para falar sobre a questão, identificado por ele como João Paulo. Ele afirma que o funcionário o tratou de forma ríspida ao ser questionado sobre o tempo de espera e o atendimento prestado. O funcionário, então, chamou a Polícia Militar para retirar o empresário da agência.
Depois de se recusar a ser algemado, ele acabou recebendo um "mata-leão" - golpe de estrangulamento - de um dos PMs. O vídeo do momento em que Crispim é imobilizado foi gravado pela filha de 15 anos.
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