Aguirre Talento
O Globo
Embora tenha crescido durante a gestão petista no governo federal, a OAS manteve boas relações com tucanos de alto escalão. Executivos do setor de contabilidade paralela delataram pagamentos de caixa dois para campanhas eleitorais de Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), além de superfaturamento de obras em suas gestões estaduais.
Sobre Aécio, que atualmente exerce mandato de deputado federal, o executivo Ramilton Lima Machado Júnior afirmou que a OAS pagou “vantagem indevida” de R$ 3 milhões à campanha presidencial do tucano em 2014 e também operacionalizou caixa dois ao diretório nacional do PSDB naquele mesmo ano, por meio de contrato fictício com uma empresa de consultoria. Essa empresa posteriormente teria repassado os valores via doação oficial ao diretório nacional do partido.
SEDE DO GOVERNO – A delação da OAS também traz acusações em relação a uma das principais obras da gestão de Aécio no governo de Minas Gerais: a construção da Cidade Administrativa, nova sede do governo mineiro, que custou R$ 1,7 bilhão. Executivos da Odebrecht já afirmaram que foi formado um cartel de empreiteiras para fazer a obra e pagar propina a Aécio.
A OAS complementa o relato. O executivo José Ricardo Nogueira Breghirolli relatou pagamentos de propina a um representante do governo de Minas “como contrapartida aos benefícios concedidos à construtora OAS na obra”.
ESQUEMA ILEGAL – Com contratos bilionários no Brasil e no exterior, a OAS distribuiu entre 2010 e 2014 cerca de R$ 125 milhões em propinas e repasses de caixa dois. Em delação, oito ex-funcionários explicaram como atuavam na “Controladoria de Projetos Estruturados”, o departamento clandestino da OAS que cuidava das propinas
Os delatores revelaram os nomes dos políticos e as campanhas financiadas irregularmente. Em troca das propinas e repasses de campanha, os políticos atuavam pelos interesses da empreiteira
O esquema ilegal da construtora envolvia o superfaturamento de obras emblemáticas, como: Estádios da Copa de 2014; Transposição do Rio São Francisco; Porto Maravilha, no Rio; Ferrovia de Integração Oeste-Leste; Empreendimentos no exterior.
RODOANEL EM SP – Ramilton Junior contou ainda que operacionalizou pagamento de R$ 1 milhão de caixa dois para José Serra. Os recursos, segundo o delator, foram pagos ao ex-deputado Márcio Fortes, apontado como intermediário de Serra no recebimento dos valores.
Outro delator, Mateus Coutinho, dá detalhes sobre um esquema de pagamentos de propina a agentes públicos envolvendo a obra do Rodoanel Sul na gestão de José Serra no governo de São Paulo. Os recursos teriam sido repassados por meio de empresas do operador financeiro Adir Assad. O material foi enviado para a investigação que corre sobre o caso no Ministério Público Federal em São Paulo.
Na lista do políticos delatados estão Aécio Neves, Edison Lobão, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, Eunício Oliveira, Fernando Pimentel, Índio da Costa, Flexa Ribeiro, Geddel Vieira Lima, Jaques Wagner, José Sérgio Gabrielli, José Serra, Lindbergh Faria, Marco Maia, Marcelo Nilo, Nelson Pelegrino, Rodrigo Maia, Rosalba Ciarlini, Sérgio Cabral, Valdemar Costa Neto e Vital do Rego.
O Globo
Embora tenha crescido durante a gestão petista no governo federal, a OAS manteve boas relações com tucanos de alto escalão. Executivos do setor de contabilidade paralela delataram pagamentos de caixa dois para campanhas eleitorais de Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), além de superfaturamento de obras em suas gestões estaduais.
Sobre Aécio, que atualmente exerce mandato de deputado federal, o executivo Ramilton Lima Machado Júnior afirmou que a OAS pagou “vantagem indevida” de R$ 3 milhões à campanha presidencial do tucano em 2014 e também operacionalizou caixa dois ao diretório nacional do PSDB naquele mesmo ano, por meio de contrato fictício com uma empresa de consultoria. Essa empresa posteriormente teria repassado os valores via doação oficial ao diretório nacional do partido.
SEDE DO GOVERNO – A delação da OAS também traz acusações em relação a uma das principais obras da gestão de Aécio no governo de Minas Gerais: a construção da Cidade Administrativa, nova sede do governo mineiro, que custou R$ 1,7 bilhão. Executivos da Odebrecht já afirmaram que foi formado um cartel de empreiteiras para fazer a obra e pagar propina a Aécio.
A OAS complementa o relato. O executivo José Ricardo Nogueira Breghirolli relatou pagamentos de propina a um representante do governo de Minas “como contrapartida aos benefícios concedidos à construtora OAS na obra”.
ESQUEMA ILEGAL – Com contratos bilionários no Brasil e no exterior, a OAS distribuiu entre 2010 e 2014 cerca de R$ 125 milhões em propinas e repasses de caixa dois. Em delação, oito ex-funcionários explicaram como atuavam na “Controladoria de Projetos Estruturados”, o departamento clandestino da OAS que cuidava das propinas
Os delatores revelaram os nomes dos políticos e as campanhas financiadas irregularmente. Em troca das propinas e repasses de campanha, os políticos atuavam pelos interesses da empreiteira
O esquema ilegal da construtora envolvia o superfaturamento de obras emblemáticas, como: Estádios da Copa de 2014; Transposição do Rio São Francisco; Porto Maravilha, no Rio; Ferrovia de Integração Oeste-Leste; Empreendimentos no exterior.
RODOANEL EM SP – Ramilton Junior contou ainda que operacionalizou pagamento de R$ 1 milhão de caixa dois para José Serra. Os recursos, segundo o delator, foram pagos ao ex-deputado Márcio Fortes, apontado como intermediário de Serra no recebimento dos valores.
Outro delator, Mateus Coutinho, dá detalhes sobre um esquema de pagamentos de propina a agentes públicos envolvendo a obra do Rodoanel Sul na gestão de José Serra no governo de São Paulo. Os recursos teriam sido repassados por meio de empresas do operador financeiro Adir Assad. O material foi enviado para a investigação que corre sobre o caso no Ministério Público Federal em São Paulo.
Na lista do políticos delatados estão Aécio Neves, Edison Lobão, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, Eunício Oliveira, Fernando Pimentel, Índio da Costa, Flexa Ribeiro, Geddel Vieira Lima, Jaques Wagner, José Sérgio Gabrielli, José Serra, Lindbergh Faria, Marco Maia, Marcelo Nilo, Nelson Pelegrino, Rodrigo Maia, Rosalba Ciarlini, Sérgio Cabral, Valdemar Costa Neto e Vital do Rego.
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