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O deputado estadual Eduardo Salles (PP) é membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa
Membro da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, o
deputado estadual Eduardo Salles conseguiu aprovar, na última
terça-feira (19), durante a primeira reunião do colegiado, a realização
de audiência pública para debater o fim do subsídio na energia elétrica
para produtores rurais irrigantes. A data do evento ainda será definida.
O parlamentar é engenheiro agrônomo com mestrado em irrigação e foi
secretário estadual de Agricultura e critica o Decreto assinado no final
de 2018 pelo ex-presidente da República, Michel Temer. “Não podemos
aceitar que o lobby do setor elétrico cause prejuízos incalculáveis à
agropecuária, um dos poucos setores da economia nacional que tem gerado
emprego e divisas ao país neste período de crise”, reclamou Eduardo
Salles. O subsídio permitia que os agricultores irrigantes tivessem
desconto entre 10% e 30% nas contas de energia elétrica. Conforme o
Decreto assinado por Michel Temer, o subsídio será reduzido 20%
anualmente, até ser extinto em cinco anos. O Decreto vai onerar as
contas de energia elétrica de empresas de água e esgoto, agricultores
irrigantes, cooperativas rurais e clientes rurais. Em visita no último
sábado (16) à Usina Japungu, na Paraíba, a ministra da Agricultura,
Tereza Cristina, também fez coro contra o fim do subsídio. “Tanto os
pequenos quanto os grandes produtores reclamaram dos custos da energia. O
Decreto vai contra tudo o que estamos discutindo com o setor
produtivo”, disse. O deputado estadual reclama que cortar o subsídio de
energia elétrica aos agricultores irrigantes vai onerar os custos da
produção agropecuária. “É claro que o agricultor gastará mais para
produzir e isso vai ter um resultado direto no preço dos produtos e o
consumidor pagará mais caro”, compara o parlamentar. Eduardo Salles cita
ainda que, em estudo encomendado pela Agência Reuters, a TR Soluções e a
Consultoria Safira Energia preveem que a retirada do subsídio para os
agricultores irrigantes vai gerar redução abaixo de 1% nas contas de
energia dos consumidores de baixa tensão. “Ou seja, o corte dos
subsídios causa um prejuízo enorme ao setor produtivo e não gera redução
significativa ao consumidor comum, que ainda vai ter que pagar mais
caro no mercado pelos produtos agropecuários”, acrescenta Eduardo
Salles. “Queremos nesta audiência pública chamar os agricultores
irrigantes da Bahia e convocar o setor elétrico para debater, apresentar
a realidade baiana e mostrar o quanto esse Decreto pode penalizar a
economia baiana. Acredito que chamar a atenção é fundamental para que
possamos ser ouvidos e conseguirmos reverter o fim do subsídio”,
concluiu Eduardo Salles.
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