Cerca de 3 mil produtores rurais protestaram contra demarcação de terras.
Enquanto discursava, presidente disse não ver problema no manifesto.
A maioria do grupo ficou atrás do setor da imprensa, na parte descoberta. Eles repetiram as vaias durante o discurso de diversas autoridades ao longo do evento. O protesto foi organizado pelos 69 sindicatos rurais do estado e pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e outras entidades que representam os produtores rurais. Segundo a Famasul, cerca de 3 mil produtores de Mato Grosso do Sul e também do Paraná participaram.
(Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
Ao final do evento, boa parte dos manifestantes se posicionou na saída do Jóquei. Com faixas e apitos, eles fizeram mais barulho, mas viram Dilma de longe. A comitiva presidencial evitou passar em frente dos manifestantes. Do lado de fora do hipódromo, a equipe partiu em dois helicópteros para a Base Aérea de Campo Grande de onde seguiu para Brasília (DF).
Carta entregue
O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, afirmou ao G1 que entregou um documento à presidente que pede a interrupção da demarcação de terras indígenas no estado. Segundo ele, o objetivo é cessar os conflitos entre produtores e indígenas. Riedel afirmou que são 52 pontos de conflito em Mato Grosso do Sul, a maioria na região sul.
O conflito entre produtores e índios é histórico no estado e, os casos mais recentes, envolvem atritos entre os fazendeiros e os guarany-kaiwá. A Funai aponta que em todo o estado existem atualmente 24 terras indígenas regularizadas ocupadas pelos guarany-kaiwá (entre propriedades regularizadas, homologadas, declaradas e delimitadas). O total de terras equivale a 90,4 km² -- cinco vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha.
O G1 entrou em contato com a Funai, por meio da assessoria de imprensa, e não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário