O advogado Daniel Romano Hajaj analisou a condenação do humorista
O
comediante Léo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão por
piadas contadas em uma apresentação gravada em 2022 que, supostamente,
teriam violado os direitos da pessoa com deficiência e racismo.
De
acordo com o advogado Daniel Romano Hajaj, o juiz entendeu que as
piadas feitas pelo humorista Léo Lins, durante seu espetáculo, possuíam o
intuito de ofender diversos grupos considerados minoritários ou vítimas
de preconceito, sob o pretexto de descontrair ou divertir sua plateia.
"Na
sentença proferida, em determinados momentos, a juíza alega que
permitir que o comediante Léo Lins mantenha sua postura caracteriza um
retrocesso com o claro objetivo de praticar crimes de preconceito e
discriminação", esclarece.
De
acordo com o advogado, o comediante não será preso neste momento.
"Enquanto o recurso estiver pendente de julgamento, a decisão de
primeira instância ficará suspensa, e a pena de prisão só poderá se
efetivar após a decisão do Tribunal", destacou.
Segundo
Daniel Romano Hajaj, dentre as testemunhas ouvidas, levadas pelo
comediante Léo Lins, foram ouvidos, um deputado estadual, negro, uma
portadora de deficiências físicas e um rapaz que faz acompanhamento
psiquiátrico, onde todos afirmaram que as piadas feitas não lhe ofendem.
"Muito
pelo contrário, possuem um caráter inclusivo, trazendo luz sobre
aqueles que muitas vezes não são chamados a participar durante um show
por entender o comediante que fazer piada ou brincadeira com alguém das
ditas minorias, poderia causar o seu cancelamento virtual. A sentença
proferida, a meu ver, tem o condão de punir o comediante Léo Lins com
base no politicamente correto, tratando-se de um retrocesso, já que, com
base nesse mesmo argumento, qualquer programa televisivo poderá ser
objeto de uma investigação criminal e, o ator, atriz ou escritor, pode
ser condenado criminalmente por trazer à tona questões que muitas vezes
são veladas, como preconceito racial e intolerância religiosa",
analisou.
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