São Paulo, 5 de junho de 2025 –
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e outras dezesseis entidades
empresariais enviaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta
(Republicanos/PB), um manifesto que expressam suas preocupações com o
PL nº 1.087/2025, que altera a legislação do Imposto de Renda Pessoa
Física (IRPF) para elevar o limite de isenção.
Riscos
fiscais e institucionais, especialmente em um cenário de instabilidade
econômica nacional e internacional, impacto nos municípios e estados,
com perda de arrecadação para os entes federativos, e insegurança
jurídica e discriminação entre contribuintes, com a criação do "Imposto
de Renda da Pessoa Física Mínimo (IRPFM), são alguns dos pontos de
atenção que são apresentadas pelas entidades.
Abaixo, o manifesto em sua íntegra.
Isenção gera apreensão
As
entidades, abaixo relacionadas, tomam a liberdade de levar a Vossa
Excelência suas preocupações sobre o PL nº 1.087, de 2025, que altera a
legislação do IRPF para elevar o limite de isenção, e
dá outras providências. Não se discute o mérito visado pelo projeto, mas
a proposta que se acha em tramitação no Congresso apresenta
inconvenientes e riscos para a Sociedade e para o Estado.
Ponderam
também sobre a conveniência de se discutir mudança dessa natureza em
período de instabilidade e incerteza, tanto no cenário doméstico, como
no internacional. Lembram que a regulamentação da reforma tributária do
consumo ainda não foi concluída e terá implicações não suficientemente
claras para todos.
A
Emenda Constitucional nº 132, que dispõe sobre aquela reforma, prevê a
criação de quatro fundos, que deverão ser financiados pela União, cuja
fonte principal de receita é o imposto de renda.
Dentre
os inconvenientes do PL destacam-se a complexa burocracia criada, a
introdução de conceitos controversos, como “alíquota efetiva”, que
gerarão dificuldades burocráticas para todos os contribuintes, mormente
os optantes do SIMPLES e do Lucro Presumido.
A
criação do Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo-IRPFM gerará
insegurança pois, além de sua complexidade, pode afetar situações
consolidadas e estabelecer situações de discriminação entre os
contribuintes.
Ressalte-se
que, como o IRPF retido na fonte constitui receita própria dos Estados e
Municípios, haverá inevitavelmente perda de arrecadação desses entes
federativos, o que fundamentará demandas de compensação à União, cujo
atendimento resultará em aumento significativo na tributação sobre a
renda.
A
tributação de dividendos, sem redução do imposto na pessoa jurídica,
implica elevação da carga tributária, prejudica os investimentos
internos e externos, podendo acarretar, inclusive, saída de empresas de
capital estrangeiro do País.
Isto
posto, as entidades signatárias deste manifesto consideram que a melhor
forma para atingir ao objetivo visado pelo PL nº 1.087, de 2025, é p
corte de gastos e benefícios fiscais em montante equivalente para
compensar a perda de arrecadação decorrente da pretendida elevação do
limite de isenção do IRPF.
Deputado Federal Hugo Motta
Excelentíssimo Presidente, da Câmara dos Deputados Edifício Principal - Pavimento Superior, Ala E
Brasília - DF
Assinam as entidades representativas da sociedade civil organizada:
CACB – CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO BRASIL;
FACESP – FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÃO COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO;
ACSP – ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO;
AFRAC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA PARA O COMÉRCIO E SERVIÇOS;
CEBRASSSE – CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS;
SINCOMAVI – SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, MAQUINISMO, FERRAGENS, TINTAS, LOUÇAS E VIDROS DA GRANDE SÃO PAULO;
ALOBRAS – ASSOCIAÇÃO DOS LOJISTAS DO BRÁS;
SECOVI –SP – SINDICATO DAS EMPRESAS DE COMPRA, VENDAS, LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS DE SÃO PAULO;
CERVBRASIL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CERVEJA;
ABIS – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS E DO SETOR DE SORVETES;
PAGOS – ASSOCIAÇÃO DE GESTÃO DE MEIOS DE PAGAMENTOS ELETRÔNICOS;
ABRASEL SP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES;
CRECI – SP – CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO;
SINDHOSP - SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS E CASAS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO;
SINCOR-SP -
SINDICATO DE EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS DA CORRETAGEM E DA
DISTRIBUIÇÃO DE TODOS OS RAMOS DE SEGUROS, RESSEGUROS E CAPITALIZAÇÃO DO
ESTADO DE SÃO PAULO;
SESCON-SP - SINDICATO
DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO,
PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO;
AESCON - ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
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Sobre a ACSP:
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 130 anos de
história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição
atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua
trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos
profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio,
da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a
ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados
sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções
para os problemas de cada região.
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