A
explicação dos benefícios está nos efeitos neurobiológicos do
exercício. Praticar atividades físicas regula neurotransmissores como a
dopamina e a serotonina — os mesmos afetados pelo uso de substâncias
psicoativas. Ou seja, o exercício não apenas fortalece o corpo, mas
também ajuda a reconstruir o cérebro.
Do
ponto de vista comportamental, a prática esportiva cria uma nova
rotina, ocupando o tempo antes consumido pelo uso, promovendo a
sociabilidade e reforçando o sentimento de pertencimento. E os
benefícios não se restringem ao tratamento: a Educação Física também é
uma poderosa ferramenta de prevenção. Não a toa, vem ganhando cada vez
mais espaços nas equipes multiprofissionais atuantes nos Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS), centros de recuperação, clínicas e
programas de reabilitação, o que é um avanço significativo, mas ainda há
um longo caminho a ser explorado.
Neste
26 de junho, mais do que reforçar alertas, é tempo de propor soluções.
Valorizar o movimento como parte da recuperação é ampliar horizontes,
devolver autonomia e criar oportunidades reais de transformação. Porque,
em muitos casos, movimentar o corpo pode ser o primeiro passo para
salvar uma vida. |
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