Segundo
o índice nacional de gestão pública, tecnologia e planejamento são os
calcanhares de Aquiles: 3 em cada 4 prefeituras falham nestes pontos.
Um
levantamento nacional com base nos dados do Índice de Efetividade da
Gestão Municipal (IEGM) mostra que a eficiência da gestão pública ainda é
baixa em todo o país — e que os maiores gargalos estão em planejamento e
tecnologia.
O IEGM
avalia a efetividade da gestão municipal com base em sete indicadores:
educação, saúde, meio ambiente, planejamento, infraestrutura, gestão
fiscal e governança de tecnologia da informação (i-GovTI).
Os
dados mais recentes foram sistematizados a partir de respostas dos
próprios municípios aos Tribunais de Contas de seus respectivos estados.
No
índice que vai de 0 a 1, nenhuma região do país alcança nota média
superior a 0,50. A região Sudeste apresenta o melhor desempenho geral
(0,48), seguida pelo Sul (0,45), enquanto o Norte registra a menor média
nacional (0,33).
Ranking de IEGM por região (média geral):

Em
todas as regiões, os piores resultados aparecem nos indicadores de
planejamento (i-Plan) e tecnologia da informação (i-GovTI).
No
Norte, por exemplo, o índice médio de planejamento é de apenas 0,24, e o
de tecnologia é de 0,28. Mesmo no Sudeste, onde os resultados são
melhores, o índice de tecnologia não passa de 0,56 — ainda bem abaixo do
ideal.
A distância
entre os melhores e piores indicadores dentro de cada região reforça o
descompasso. No Sul, por exemplo, o melhor desempenho está em gestão
fiscal (0,60), enquanto o pior é em planejamento (0,30). No
Centro-Oeste, a infraestrutura urbana tem média de apenas 0,23.
Além
dos resultados baixos, outro dado chama atenção: 7,9% dos municípios
brasileiros não responderam ao IEGM como um todo, o que representa 432
prefeituras que sequer conseguiram informar dados básicos de sua própria
gestão.
“Você
confiaria em uma empresa que não sabe o que entrega? Por que seguimos
confiando em prefeituras que operam no escuro, sem tecnologia, sem dados
estruturados?”, questiona Marco Antonio Zanatta, CEO da Aprova.
Segundo
o Ministério da Gestão, mais de 74% dos serviços públicos federais já
são digitais, gerando uma economia anual de R$ 4 bilhões. Apesar disso,
os municípios continuam desconectados dessa transformação digital.
É o que se observa no indicador de i-GovTI (tecnologia) por região:
Sudeste – 0,56
Sul – 0,44
Centro-Oeste – 0,38
Nordeste – 0,26
Norte – 0,28
“É
comum ver gestões que investem pesado em um setor, mas não sabem medir
se aquilo realmente gerou melhoria. A falta de tecnologia no setor
público reflete diretamente na ausência de indicadores e cria um ciclo
de decisões mal embasadas”, complementa Marco.
Diante
desse cenário, uma ferramenta gratuita tem sido usada como ponto de
partida por diversas prefeituras para avaliar a eficiência de suas áreas
internas e estruturar ações de melhoria.
A
planilha desenvolvida por especialistas em gestão pública permite
mensurar de forma prática e replicável o desempenho de setores como
Saúde, Educação, Meio Ambiente e Infraestrutura.
Baixe gratuitamente a Planilha de Eficiência da Gestão Pública.
Ela
serve como base para diagnósticos, planejamento estratégico, prestação
de contas ou revisão de políticas públicas. O resultado é um diagnóstico
simples que ajuda a visualizar onde estão os gargalos da gestão
municipal.
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