Aleida
Guevara, Rula Shaheed e povo Krenak participam do julgamento que
reunirá mil e quinhentas pessoas, durante o evento na capital carioca
O
“Tribunal Popular: O Imperialismo no Banco dos Réus” acontece no
próximo dia 15 de novembro, no contexto da Cúpula Social do G20,
realizado na capital carioca; a partir das 14h o julgamento inicia com
mil e quinhentas pessoas reunidas na Fundição Progresso (Rua dos Arcos,
24, no centro do Rio de Janeiro/RJ).
Os
tribunais populares anti-imperialistas acumulam uma longa tradição
herdada de outros como o Tribunal Russell, o Tribunal Permanente dos
Povos, o Tribunal Benito Juárez, o Tribunal de Bruxelas, e os que se
realizaram por ocasião de cúpulas populares anteriores em várias partes
do mundo.
A
organização deste Tribunal Popular pretende ser um espaço para
denunciar as políticas imperialistas que afetam os povos e a natureza.
Também se propõe a dar visibilidade às maneiras pelas quais as guerras
de todos os tipos destruíram as várias formas de democracia.
Nesse
sentido, o objetivo desta atividade é apresentar aos povos os impactos e
as consequências das políticas imperialistas e as reparações
correspondentes. O objetivo é produzir um julgamento dos casos
analisados a fim de condenar o capitalismo por seus crimes contra os
direitos humanos.
Para
a ocasião, o Tribunal Popular ouvirá as acusações e as evidências que
permitem provar os crimes graves cometidos contra a humanidade que se
manifestam, neste caso específico, em relação:
- Ao
genocídio do povo palestino, que também tem práticas semelhantes nos
casos do massacre dos povos do Líbano, do Iêmen e do Sudão;
- Ao
Acordo União Europeia-Mercosul, que é um exemplo de indução da pobreza
por meio de políticas de austeridade e acordos de livre comércio,
problemática também existente em países como Sri Lanka, Paquistão,
Brasil e Argentina;
- Ao
bloqueio contra o povo Cubano, que viola a soberania e autodeterminação
dos povos, problemas que também vitimizam o povo da Venezuela e do
Haiti;
- A
tragédia de Mariana, em Minas Gerais; e do extermínio da juventude
preta nas periferias no Rio Janeiro, casos que evidenciam o racismo
estrutural e ambiental no Brasil, mas que igualmente são realidades na
Índia, Equador, Chile, Argentina e Paraguai.
Entre
as pessoas que foram convocadas para testemunhar nesses casos estão:
Rula Shaheed (Palestina), Morgan Ody (França), Aleida Guevara (Cuba)
entre outras entre outras referências internacionais. Entre os jurados,
esse Tribunal Popular incluirá representantes dos povos venezuelano,
palestino, indígena e negro do Brasil, Argentina, Burkina Faso e Haiti.
O
Tribunal está sendo organizado pelo MST, Marcha Mundial das Mulheres,
PCdoB, Jubileu Sul Brasil, Movimentos da ALBA, Amigos da Terra Brasil,
ABJD, MAM, Assembleia Internacional dos Povos, CONAM e conta também com o
apoio da Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo.
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