MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 16 de novembro de 2024

Inclusão das baterias no leilão de reserva traz mais estabilidade ao setor elétrico e reduz desperdício dos cortes de energias renováveis, aponta consultoria

 

Você
Captura-de-Tela-2019-02-14-às-09.38.31
 

 
 

Inclusão das baterias no leilão de reserva traz mais estabilidade ao setor elétrico e reduz desperdício dos cortes de energias renováveis, aponta consultoria   
 

 


 
 

Segundo análise da CELA (Clean Energy Latin America), o armazenamento de energia renovável gerada em horários de menor demanda garante redução dos efeitos das interrupções na geração solar e eólica, bem como aumenta a flexibilidade de operação de todo o sistema elétrico nacional
  

 

Novembro de 2024A inclusão de sistemas de armazenamento de energia elétrica no Leilão de Reserva de Capacidade do Governo Federal, previsto para junho de 2025, conforme previsto pelo Ministério de Minas e Energia (MME), pode se configurar como um grande avanço para a segurança energética do País, ao mesmo tempo em que acelera a transição para uma matriz energética mais limpa e flexível.   
 
A avaliação é da consultoria CELA (Clean Energy Latin America), especializada em assessoria financeira e consultoria estratégica para empresas e investidores do setor de energia renovável no Brasil e no mundo. Segundo a análise da empresa, ao comtemplar as tecnologias de baterias neste leilão, o Sistema Interligado Nacional (SIN) ganha mais estabilidade e robustez. “Ao permitir o armazenamento da energia renovável gerada em horários de menor demanda, teremos uma redução importante dos efeitos dos cortes recorrentes da geração solar e eólica, o chamado constrained-off (ou curtailment), além de aumentar a flexibilidade operativa do sistema”, explica a especialista Camila Ramos, CEO da CELA.  
 
Segundo a executiva, com tal medida, o Brasil poderá ingressar em um novo patamar de modernização do setor elétrico, incentivando o uso de tecnologias de ponta para garantir a segurança do fornecimento e viabilizar a o uso de mais fontes renováveis intermitentes no médio prazo. “Ao mesmo tempo, a inserção de sistemas de armazenamento acelera discussões técnico-regulatórias, impulsiona a inovação no setor e fomenta a digitalização do grid elétrico brasileiro”, acrescenta.
 
O leilão prevê a contratação de projetos de armazenamento com disponibilidade de potência mínima de 30 megawatts (MW) pelo equivalente a quatro horas de despacho contínuo por dia no sistema elétrico, com máximo de um ciclo de carga e descarga diárias, em horário definido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
 
Segundo a CELA, todas as normas técnicas do edital ainda estão em fase de elaboração, mas é esperado que a metodologia de escolha dos vencedores seja uma combinação entre o menor preço fixo ofertado e a Capacidade Remanescente do SIN para Escoamento de Geração no barramento do projeto.
 
Já no modelo de remuneração, deverá ser determinada uma receita fixa mensal, corrigida pelo IPCA a cada 12 meses, com a possibilidade de receita adicional com serviços ancilares, desde que mantidos requisitos do leilão. Já o balanço de energia será liquidado no Mercado de Curto Prazo (MCP) e revertido para a Conta de Potência para Reserva de Capacidade (CONCAP). No volume do contrato, o vendedor não estará exposto ao risco de preços.
 
“Na prática, o leilão oferece um modelo com risco-retorno atrativo”, explica Camila. “Além de um modelo de receita fixa indexada à inflação e sem exposição ao risco de preços, o certame estabelece um prazo de quatro anos para execução dos projetos. Desta forma, vencedores poderão optar por arbitrar o melhor momento para compra dos sistemas, especulando uma queda adicional nos preços das baterias ou acelerando a implantação e antecipando a receita fixa (caso demonstrem benefícios técnicos e econômicos ao SIN com a antecipação). Se mantida desta forma, essa combinação de fatores pode gerar retornos acima da média”, aponta a especialista.
 
Mercado de US$ 12,5 bi em sistemas de armazenamento
 
Segundo estudo recente da CELA, o mercado brasileiro de sistemas de armazenamento energético deve atingir um crescimento de 12,8% ao ano até 2040, com um incremento de até 7,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada no período.
 
De acordo com as projeções da CELA, o avanço do mercado de baterias a serem incorporadas na infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no País pode movimentar mais de US$ 12,5 bilhões anuais, considerando as regulamentações atuais.
 
No entanto, pela análise da consultoria com incentivos adequados, regulamentações bem definidas e metas estabelecidas, esse potencial poderia ser ampliado para além dos 7,2 GW previstos e alcançar valores de até 18,2 GW, sem considerar o potencial dos chamados sistemas behind the meter, que são instalações particulares em indústrias, comércios, propriedades rurais e residências.
 
Sobre a CELA
 
A CELA – Clean Energy Latin America é uma butique de investimentos que presta assessoria financeira e consultoria estratégica a empresas e investidores do setor de energia renovável e transição energética na América Latina. É especializada nos setores de energia eólica, solar fotovoltaica, armazenamento de energia e hidrogênio verde. Trabalha com planos de negócios, a análise de viabilidade de projetos, captação de recursos, M&A, project finance estruturação financeira de PPAs no mercado livre e regulado.
 


Para mais informações, contatar:
Thiago Nassa (MTb. 30.914)
TOTUM Comunicação
(11) 99544 4954

Nenhum comentário:

Postar um comentário