MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 28 de março de 2024

'Axé Amor Amém', livro de Claudio Soares e Tuila Jost, joga luz sobre o sincretismo religioso no Brasil

 


'Axé Amor Amém', livro de Claudio Soares e Tuila Jost, joga luz sobre o sincretismo religioso no Brasil

Com prefácio de Carlinhos Brown, direção de arte de Batman Zavareze e design de Leo Eyer, a obra destaca a história dos orixás e dos santos católicos e traz conteúdos em vídeo

Foto de imagens de Oxalá e Iemanjá retratadas no livro "Axé Amor Amém"


(Fotos divulgação)

Com textos, fotos e vídeos originais, Claudio Soares e Tuila Jost convidam os leitores de “Axé Amor Amém” para um mergulho no sincretismo religioso, mostrando a distinção e as semelhanças entre os orixás e os santos católicos, e afirmando o sincretismo como um movimento de resistência. Escrito para todos que desejam ampliar o conhecimento a respeito de religiões de matriz africana, ou mesmo para quem não tem conhecimento prévio sobre o assunto, o livro traduz o sentimento de fé presente no Brasil, propondo a união dessas diferentes religiões através do ponto em comum entre elas: o amor. “Axé Amor Amém” (Editora Afluente, 327 páginas, R$340) tem prefácio de Carlinhos Brown.


"Este é um livro sobre a experiência do sincretismo como uma cultura de fé. Nesse recorte cultural da fé do brasileiro, buscamos trazer o que está acima do humano, pois entendemos que orixás e santos trabalham dentro da mesma energia. Para nós, o sincretismo pode ser um instrumento de combate à intolerância", afirma Tuila. Claudio complementa: "Além do exercício da fé, o livro busca ampliar o conhecimento para que o não à intolerância religiosa seja uma realidade absoluta. É um livro onde o Axé e o Amém se unem no Amor"


Com o designer e artista visual Batman Zavareze à frente da direção de arte, o livro ganha um conceito artístico original repleto de brasilidade. "Quando Claudio e Tuila me contaram sobre a ideia do livro eu vi uma viagem sobre o Brasil plural, generoso, profundo e amoroso que fica resumido no que nossos ancestrais chamavam de sincretismo. Esse percurso no livro tem um momento esteticamente exuberante, outro bem didático e uma camada de leitura que extrapola o objeto do livro com os QR Codes com registros autorais que surgem como respiros durante a leitura do livro", afirma Batman Zavareze sobre o impacto do encontro com os autores. 


Leo Eyer, que assina a direção de design, complementa: "Nosso objetivo foi não apenas transmitir informações, mas também despertar emoções e provocar reflexões sobre os temas abordados, promovendo uma jornada imersiva e inspiradora que leve os leitores a explorar ainda mais as camadas de significado presentes neste livro”.


As cores vibrantes predominam nas páginas, ornando com fotografias de terreiros e imagens de santos e orixás. Buscando contemplar a realidade de diferentes terreiros pelo Brasil, Claudio e Tuila visitaram espaços em São Paulo, Aparecida, Salvador, Manaus, Ouro Preto e Chapada dos Veadeiros. Nestas viagens, os autores coletaram depoimentos em vídeo de grandes nomes religiosos do país, como Padre Edson Menezes da Silva (Basílica Santuário Senhor do Bonfim, BA), Babalorixá Vilson Caetano (Ilê Oba L'okê, BA), Ialorixá Vó Sinha (Casa Branca, BA) e Yakekerê Solange (Ilê Axé Oxum Opará, SP), que também integram o projeto através QR Codes, com registros autorais. Um retrato da fé do brasileiro, o livro conta com tradução do texto integral para o inglês, possibilitando que outros países tenham acesso à obra.


“O sincretismo surgiu como uma forma de proteger os cultos afros e como demonstrador da força da criatividade dessas etnias, que não aceitou a dor e reconheceu que a união espiritual é onde Deus conectava todos nós. Com o nosso sincretismo religioso, uma síntese cultural vital para o Brasil, construímos a representatividade, a legitimidade e a sustentabilidade social, política, cultural, econômica e ambiental do nosso país”, celebra Carlinhos Brown no prefácio.

Tuila Jost e Claudio Soares. (Foto: Leo Aversa)

Após um longo período no mercado financeiro, Claudio decidiu dedicar-se à espiritualidade. Trabalha há mais de 20 anos com alinhamento energético e meditação, atendendo hoje a cerca de 12 pessoas por dia em seu consultório, no Rio de Janeiro. Jornalista, atriz e diretora, Tuila foi criada na Umbanda e está à frente do espetáculo “Presentes”, produção aclamada pelo público carioca. 


O caminho de ambos se cruzou há 18 anos, mas foi durante a pandemia que os dois amigos decidiram criar no Instagram a página Janela de Agni (@janeladeagni), um canal de fé e meditação com o propósito de levar um pouco de espiritualidade para as pessoas naquele momento difícil. Hoje, o perfil soma 250 mil seguidores – e foi a gênese de “Axé Amor Amém”.

SERVIÇO:

“Axé Amor Amém” 

(Editora Afluente, 327 páginas)

Preço: R$340,00

Link de compra: 

https://www.afluente.art/produto/axe-amor-amem-152

Sobre a Editora Afuente:

A cultura nasce de legados. De pessoas e grupos que se importam com a construção do futuro. Somos a AFLUENTE, um selo para a cultura Brasileira, um multiplicador de heranças culturais, na certeza de que todo trabalho relevante merece ser publicado. Todos os assuntos que constroem uma sociedade mais justa e diversa nos interessam. Da arte à arquitetura, da gastronomia à subcultura, do fotojornalismo à natureza, da diversidade de raças à liberdade LGBTQIA+. Seja a partir de temas locais ou universais, a AFLUENTE chega para ouvir, aprender e publicar. Somos mais do que uma editora.


AFLUENTE tem como fundadores Julius Wiedemann, como investidor, e William Baglione, como curador chefe. Julius tem experiência em curadoria de temas culturais e em tecnologia, e editou mais de 100 publicações pela editora TASCHEN, tendo tido residência internacional nos últimos 20 anos. William tem longa história em curadoria, mentoria para artistas e trabalho na área cultural. A Afluente pretende colaborar com a formação da correnteza que é a cultura brasileira.


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