A expectativa é a de que os trabalhos voltem ao normal no dia 13 de
abril. Além do Brasil, a unidade localizada em Pacheco, na Argentina,
também vai paralisar as operações
Foto: Reprodução
Por: Yuri Abreu
Para evitar a proliferação do novo coronavírus entre os funcionários, a Ford decidiu paralisar as atividades nas quatro fábricas dela na América do Sul – incluindo a de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) –, a partir do próximo dia 23 de março. A expectativa é a de que os trabalhos voltem ao normal no dia 13 de abril. Além do Brasil, a unidade localizada em Pacheco, na Argentina, também vai paralisar as operações.
A medida, além do ponto de vista da saúde, tem como objetivo ajustar, segundo a montadora norte-americana, os volumes de produção à redução na demanda dos consumidores gerada pela situação, considerada sem precedentes. Desde o início do surto, a empresa vem tomando medidas para minimizar o impacto da doença, a exemplo do trabalho remoto, da limitação os visitantes nas fábricas e escritórios e do aumento na frequência da limpeza nas instalações.
“A maior prioridade da Ford é sempre a segurança e o bem-estar de nossos funcionários e parceiros. Essa ação adicional ajudará a reduzir o risco de disseminação do Covid-19, ao mesmo tempo em que potencializa a saúde dos nossos negócios durante esse período desafiador para toda a economia”, afirmou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
“Em situações sem precedentes como esta, mais do que nunca é fundamental colocar nosso time em primeiro lugar”, pontuou o dirigente. “Continuaremos trabalhando em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros locais para explorar protocolos e procedimentos adicionais para ajudar a impedir a disseminação do vírus e definir novas práticas de trabalho para nossos planos de retorno das operações com base no que aprendemos”, acrescentou o gestor.
SINDICATO
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, os funcionários não terão prejuízos trabalhistas (salários, benefícios, etc) enquanto estiverem parados nas próximas três semanas. “A partir do momento em que os órgãos de saúde começaram a alertar sobre a precaução que deveríamos tomar, de evitar o máximo possível as aglomerações de pessoas, o sindicato conseguiu, com muita luta, antecipar essa paralisação. Mas, caso necessário, essa suspensão pode ser estendida. O que vai acontecer é que àquele funcionário que estiver com 20 dias de folga, por exemplo, ele vai pagar com 10 dias de trabalho”, afirmou.
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