A
demanda por baterias de íon-lítio tem crescido de forma expressiva,
impulsionada pela popularização da energia solar e pela necessidade
crescente de sistemas de armazenamento, favorecida pela queda nos
custos. Com a redução dos preços
dessas baterias, sua aquisição se torna mais acessível tanto para o
mercado residencial, empresarial e rural, acelerando
a transição para um sistema energético mais sustentável e eficiente.
Esse movimento contribui não apenas para a independência energética como
para a redução de impactos ambientais e o fortalecimento de uma
infraestrutura energética mais resiliente.
Nos
últimos anos, o custo das baterias, especialmente as de íon-lítio,
reduziu drasticamente. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA)
revelam que o preço dessas baterias no mercado internacional reduziu 85%
entre 2010 e 2023. No Brasil, estima que o mercado de baterias de
íon-lítio cresça entre 20% e 30% até 2030. A IEA também projeta que a
capacidade global instalada de armazenamento em baterias ultrapasse 1 TW
até o final da década, podendo chegar a quase 5 TW até 2050.
Atualmente,
as soluções para armazenamento de energia têm se tornado mais
acessíveis e significativa não apenas nos grandes centros urbanos e
indústrias, mas também em áreas rurais, onde o agronegócio tem adotado
inovações para melhorar a eficiência e a sustentabilidade de suas
operações.
O
armazenamento de energia, por meio de baterias, permite que
agricultores e produtores rurais não só reduzem os custos com
eletricidade, mas também aumenta a resiliência das operações agrícolas,
permitindo que os produtores tenham acesso a energia mesmo em momentos
de baixa oferta ou interrupções no fornecimento.
Demanda de eletricidade no Brasil: Dados
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), sob coordenação do Ministério
de Minas e Energia (MME), indicam que o consumo de energia no Brasil
deverá crescer, em média, 2,1% ao ano até 2034.
No
setor residencial, projeta-se um aumento médio de 3% ao ano ao longo da
próxima década, alcançando 226 TWh em 2034, com uma previsão de 91
milhões de consumidores, que devem utilizar, em média, 202 kWh por mês.
No
segmento industrial, o setor metalúrgico deverá registrar um
crescimento anual de 2,3% entre 2024 e 2034, enquanto o setor de papel e
celulose deve apresentar uma expansão média de 1,6% ao ano. Já o setor
químico deverá se destacar com um aumento significativo de 5% ao ano.
O
consumo de eletricidade nas atividades comerciais e de serviços deverá
crescer, em média, 4,4% ao ano até 2034, atingindo 157 TWh. Para as
demais categorias (rural, administração pública, serviços públicos e
consumo próprio), a expectativa é de um crescimento médio de 4,3% ao
ano.
Geração de eletricidade própria no país –
A produção de eletricidade diretamente no local de consumo, sem o uso
da rede elétrica, representa cerca de 12% do consumo total de energia no
Brasil. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a
expectativa é que essa autoprodução, que não é injetada na rede, cresça
em média 2,4% ao ano, atingindo 91,8 TWh até 2034.
O
balanço elaborado pela EPE revela que a geração de energia a partir de
sistemas próprios alcançou 50.633 GWh em 2023, um aumento de 68,1% em
relação ao ano anterior. Como uma fonte de energia limpa, o crescimento
do setor fotovoltaico contribuiu para evitar a emissão de
aproximadamente 45,5 milhões de toneladas de CO2 na produção de
eletricidade, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (Absolar).
Esse
crescimento colocou o Brasil como responsável por 4% da oferta global
de energia fotovoltaica em 2023, consolidando o país entre os maiores
mercados do mundo. De acordo com o relatório da Agência Internacional de
Energias Renováveis (IRENA), o Brasil encerrou o ano como o sexto maior
produtor de energia solar, atrás apenas de China, Estados Unidos,
Japão, Alemanha e Índia.
A
energia solar fotovoltaica no Brasil, dividida entre geração
distribuída e centralizada, continua atraindo significativos
investimentos, com mais de R$ 202 bilhões aportados nos últimos anos
para sustentar essa expansão. Esses resultados expressivos são
fundamentais para manter o país entre os líderes globais em energia
solar.
Benefícios do uso de baterias -As
baterias garantem fornecimento contínuo durante quedas de energia da
concessionária, minimizam cobranças extras por picos de consumo em
ambientes industriais e comerciais com tensão ≥ 2,3 kV, e otimizam o uso
de energia em horários de tarifas elevadas, aproveitando tarifas
binômias e brancas. Além disso, maximizam o autoconsumo ao utilizar a
geração local sem depender da conexão à rede.
“Com
a queda dos custos das baterias e o avanço da energia solar, o Brasil
se encontra diante de uma grande oportunidade de transformação do setor
energético. A adoção dessas tecnologias pode melhorar a qualidade de
vida da população, especialmente em regiões onde o fornecimento de
energia enfrenta maiores desafios”, ressalta o diretor geral da Fox ESS
no Brasil, Robson Meira.
Regiões
como o Norte e o Nordeste do Brasil sofrem com grandes déficits no
fornecimento elétrico, que é irregular e sujeito a interrupções
frequentes. Em áreas remotas, como na Amazônia e no semiárido
nordestino, o acesso à eletricidade é limitado, e os altos custos de
geração e transmissão agravam ainda mais o problema. Nessas localidades,
a combinação de baterias e sistemas solares apresenta uma solução
eficiente e viável para melhorar a oferta de energia.
Alguns
estados brasileiros têm adotado medidas para incentivar a instalação de
energia solar, como a isenção de ICMS para equipamentos de geração
fotovoltaica, descontos no IPTU e até redução do imposto de renda sobre a
venda de imóveis que possuem sistemas de geração solar. No entanto,
desde 2023, a chamada “taxação do sol” impôs novos custos sobre a
energia excedente que é injetada na rede elétrica, criando desafios
adicionais para o setor e afetando a atratividade econômica desses
sistemas.
Cenário Fox ESS no Brasil –
É uma empresa unicórnio avaliada em US$ 1,38 bilhão na Bolsa de Valores
de Hong Kong e líder no setor de armazenamento de energia, está
investindo aproximadamente R$ 1 milhão na expansão de seu centro de
distribuição e reparos em Cotia (SP).
Em
2023, a Fox ESS faturou US$ 452 milhões globalmente, com uma previsão
de crescimento para US$ 642 milhões este ano. No Brasil, a empresa
faturou US$ 20 milhões em 2023 e a expectativa de crescimento para 2024 é
de 20%. O agronegócio representou 35% do faturamento no Brasil em 2023, equivalente a US$ 7 milhões. Atualmente,
o Grupo Tsingshan, uma força global com um faturamento anual de US$ 55
bilhões, é um dos acionistas proeminentes da Fox ESS e líder no setor de
armazenamento de energia. Dentro deste conglomerado, destaca-se a REPT
BATTERO, classificada como a terceira maior fornecedora mundial de
baterias de lítio em 2023, de acordo com o ranking da Infolink.
Juntas,
a Fox ESS e a REPT BATTERO possuem uma capacidade de produção anual de
120 GWh de baterias e células. Esse feito é complementado pela robusta
capacidade de produção de inversores da Fox ESS, que atualmente atinge
10 GW por ano e está projetada para dobrar até o final de 2024,
alcançando 20 GW. Além disso, a capacidade total de fabricação planejada
é de 60 GW anuais, solidificando ainda mais sua posição como líder do
setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário