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em cada 10 eEscolas afirmam que os alunos não cumprem as regras
estabelecidas para aparelhos nas escolas e as atuais medidas não são
satisfatórias. Além de gerar uma grande falta de atenção dos estudantes
durante as aulas na visão e experiência de mais de 65% das gestoras
escolares, por esta razão 70% das Instituições pretendem aumentar a
restrição da atual política de utilização de celular nos próximos meses.
A
Meira Fernandes, maior empresa de gestão e soluções para Instituições
de Ensino, que assessora cerca de 1.500 escolas particulares, se uniu
ao neuroeducador e um dos maiores estudiosos do tema “vicio em telas e o
impacto das tecnologias na educação”, Fernando Lino, autor de dois
livros sobre o tema, para ouvirem das mantenedoras (donas de escolas
particulares) de todo Brasil e o que elas vem enfrentando nos desafios
da gestão escolar com os celulares e as expectativas das medidas que o
MEC promete divulgar nos próximos dias sobre o assunto.
A
pesquisa que foi iniciada no dia 17 de outubro, durante um encontro
presencial com dezenas de mantenedoras em uma oficina prática, chamada:
Bem-Estar Digital nas Escolas, e depois realizada também, via internet,
em todo Brasil - foi finalizada no dia 28 de Joutubro, com adesão de
centenas de gestoras escolares. No total, a pesquisa ouviu escolas que são responsáveis por mais de 78.551 matrículas em dez estados brasileiros,
entresendo eles: Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais,
Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e o
Distrito Federal – ao total esses estados juntos representam cerca de 64% de todas as escolas privadas existentes no país.
Os
dados são preocupantes e moldam a realidade que as administradoras das
escolas estão enfrentando na busca pelo equilíbrio entre a educação, a
tecnologia e os conflitos entre as diversas gerações dentro do ambiente
escolar. Mesmo na grande maioria das escolas (53,91% delas) que
tem permitido a utilização do celular apenas a partir do 6º ano do
fundamental, os desdobramentos não têm sido como os esperados. São
poucas as escolas que proíbem totalmente o uso do aparelho, sendo
somente 0,87% que enrijeceram tanto as regras, pois no caminho contrário, 22,61%
das escolas particulares permitem que alunos de anos anteriores - do
infantil a 5ª série – já carreguem e entrem com os celulares em suas
dependências.
“Precisamos
aprofundar o debate dos prós e contras da restrição. Vivemos nesse
momento, um problema cultural do uso do celular e não é apenas uma
simples proibição que vai levar o sucesso das escolas – acreditamos que
as instituições precisam ensinar para seus alunos e famílias o uso
responsável do celular e das tecnologias que já fazem parte tanto da
vida dos professores como dos alunos também”, afirma Fernando Lino – Neuroeducador.
“Nossa pesquisa apontou que 58,26% das escolas fazem o uso consciente durante as aulas (com autorização do professor), 63,48% dos alunos utilizam durante o intervalo e 15,65%
nas atividades extracurriculares, ou seja, o celular tem uma função
pedagógica muito importante sim. Pois, nas aulas e nas atividades ele é
um trunfo que quebra barreiras de localidade e amplia o mundo e as
possiblidades para os professores e alunos; além de servir como uma
válvula de escape, cumpre a função da comunicação direta com os pais” – aponta Mabely Meira Fernandes – Diretora Jurídica da Meira Fernandes.
PROBLEMAS REAIS
Porém,
como vem sendo amplamente discutido, não são só benefícios pedagógicos
que o celular oferece quando é usado nas escolas – 65,22% das gestoras apontam que ele gera falta de atenção dos alunos durante as aulas, ao mesmo tempo que 43,48% apontam que ele também é responsável por gerar a falta de interação “olho no olho” entre os alunos no intervalo.
“É
uma máxima que ouvimos não só das donas de escolas, mas dos pais em
geral, estamos notando que as crianças e jovens estão deixando de
interagir entre si, no mundo físico, para interagirem apenas no digital
mesmo estando muitas vezes no mesmo ambiente - o que para nós de
gerações anteriores gera certa estranheza, porém deve ser tratada com
atenção e apoio profissional”, diz Husseine Fernandes – Sócio/Diretor da Meira Fernandes.
A preocupação não para por aí, 35,65% das diretoras dizem que o celular é um dos responsáveis pelos casos de Cyberbullying e 33,04%
apontam que é através do aparelho que os boatos são espalhados on-line
dentro da comunidade escolar – causando questões sérias de comunicação e
tumultuando a rotina acadêmica.
A exposição de alunos (com dados pessoais, fotos indevidas e etc.) já é uma realidade em 30,43%
das escolas e casos de uso de inteligência artificial (IA) para alterar
e gerar fotos constrangedoras, vem permeando a rotina escolar e até
ganhando as manchetes de jornais desde a popularização da IA nos anos de
2023 e 2024. A questão é tão latente que 62,61% dos professores reclamam constantemente com as diretoras/pedagogas sobre o uso indevido durante as aulas.
O celular também foi responsável nos últimos doze meses em 58,93% das escolas, por gerar de 1 a 5 casos desses incidentes tecnológicos citados. Outras 13,39% disseram que ele causou de 6 a 10 casos e 10,71% das mantenedoras dizem que ele gerou mais de 10 casos em um curto espaço de tempo. Somente 16,96% das instituições disseram que não tem problemas ou incidentes tecnológicos até o momento.
“Precisamos
educar agora crianças e adolescentes – não existe como fugir dessa
realidade. A tecnologia (e os celulares) já fazem parte da construção da
identidade dessa geração. Existem as duas correntes pelo mundo: as que
são a favor e contra o celular e é dificil apontar um único caminho.
Estudos da Unesco apontam que quando bem utilizado na educação, o
celular é capaz de desenvolver Senso de Competência, Criatividade
Construtiva e Desenvolvimento de Relacionamentos positivos em Rede. Meus
estudos pelo Brasil apontam que o equilíbrio e a responsabilidade
compartilhada entre famílias e escolas é o trajeto mais seguro de todos” completa o Neuroeducador, Fernando Lino.
AS ATUAIS POLÍTICAS DE USO DE CELULAR NAS ESCOLAS
Mesmo estando atentas as melhores práticas, apenas 30,43% das instituições estão satisfeitas com seus efeitos, enquanto cerca de 70,00%
das escolas pretendem aumentar as restrições dessas políticas de
utilização do celular nos próximos meses – nenhuma (0,00%) pretende
afrouxar as conquistas que obtiveram e essa decisão tem motivos.
O maior deles é que para 51,30% das gestoras, o celular prejudica o clima escolar – ele é um agente direto que na opinião de 44,35%
das mantenedoras, desgasta a relação com pais e responsáveis em um
trabalho que deveria ser realizado em conjunto. Além de consumir muito
da gestão administrativa das escolas, pois 68,70% das diretoras afirmam que os problemas gerados por eles tomam tempo demasiado de trabalho de toda a coordenação e direção.
“Sofremos
com problema de cola. Durante as aulas os professores precisam ficar
atentos para o uso e não o permitir. Fora da aula, o celular faz parte
da vida dos adolescentes. Até uma certa idade, acredito que a criança
não deva ter celular” – afirmou uma das mantenedoras respondentes da pesquisa.
Neste trabalho conjunto entre escola e responsáveis, as mantenedoras se sentem amparadas em suas decisões, já que 60% delas apontam que a maioria dos pais apoiam mais restrições sobre a utilização do celular no ambiente escolar e 36,52% dizem que os pais se sentem divididos sobre apoiar ou não mais restrições – somente 3,48% dos responsáveis não querem mais restrições.
“A
restrição ou não, realmente demanda maior clareza dos órgãos
competentes e a resolução do Ministério da Educação (MEC) vem em boa
hora, mas é muito importante se atentarem a esses dados e ao que nossa
pesquisa está apontando como sentimento, vivência e desejo das donas de
escolas particulares. São mais de 41.000 escolas no Brasil – milhões de
matrículas (crianças e adolescente) sob o cuidado dessas gestoras, se
tem alguém com propriedade para versar sobre tema e seus impactos são as
mantenedoras” – complementa Mabely Meira Fernandes.
A SAÚDE MENTAL TAMBÉM É IMPACTADA POR ESTA DISCUSSÃO
O
celular se tornou um dispositivo tão completo que, praticamente, para
os adultos é uma extensão do corpo. A quantidade de vezes que olhamos
para um celular por dia supera as centenas de vezes, e claro que as
crianças e adolescentes espelham o comportamento de pais e responsáveis,
há muito tempo a idade com que uma criança deixa de pedir um brinquedo,
como um carrinho ou uma boneca diminuiu e deu lugar ao pedido por um
celular e pelo mundo de possibilidades e portas que ele abre na cognição
ainda em formação dos pequenos.
Na
percepção dos gestores escolar, esse pedido pode ter consequências
significativas se a educação na utilização não se iniciar logo cedo, 80,87%
das diretoras tem percebido que os celulares e o mau uso dele, tem
aumentado os problemas de saúde mental das crianças e dos jovens no
ambiente dentro e fora da escola.
O acesso as redes por meio do celular e a falsa sensação de impunidade para 65,22% dos gestores, acaba estimulando o cyberbullying e para 34,78% também os casos de bulimia e gordofobia. Os impactos são tão sérios que apenas 14,78%
das mantenedoras, percebem que os celulares e o acesso as redes são
benéficos para seus alunos e que com um direcionamento melhor esse
quadro pode ser revertido.
“Eu
recebo mensagem dizendo que sou feia! Que eu não deveria existir! Esse é
o tipo de relato que ouvi em muitas das minhas pesquisas de alunas
pré-adolescentes em diversas partes do Brasil e isso é preocupante e
acentua a necessidade de orientação técnica/profissional desde cedo
dentro das escolas” – diz Fernando Lino, neuroeducador.
“Estudos,
no entanto, têm apontado que apenas o banimento dos celulares não tem
impacto no índice de cyberbullying, por exemplo, e podem até ter um
efeito negativo na compulsão dos alunos por telas. Dados sugerem que o simples banimento não irá levar ao melhor comportamento online esperado pelas Escolas. As restrições são apenas uma peça de um quebra-cabeça maior no desenvolvimento de segurança e bem-estar das próximas gerações” complementa o pesquisador.
São mensagens e relatos assim que fazem com que 39,13% das gestoras também percebam que as redes e os smartphones podem aumentar casos de automutilação em crianças e jovens – um ponto de atenção importante.
Por esta razão, 72,17%
das mantenedoras acreditam que implantar programas de prevenção e
conscientização do uso de celulares e tecnologias é uma demanda urgente
dentro das escolas para os próximos ciclos de 2025 e 2026. Para 33,91%, a saída é aumentar a restrição do celular e 37,39% entendem que a restrição completa durante a jornada educacional é o único meio de extinguir esse tipo de situação.
“Nosso
objetivo como uma parceira de mais de 1.500 escolas é trazer temas
relevantes, discussões pertinentes e agregar valor na jornada das donas
de escolas – nossa união nesta pesquisa a um renomado estudioso tem como
principal desejo, entregar as escolas e as autoridades competentes,
visões compartilhadas de quem enfrenta o desafio do celular na vida das
crianças e adolescentes todos os dias. As instituições de ensino são
nossa vivência há 45 anos e não poderíamos nos furtar de ouvir e somar
forças neste importante momento de decisão para as escolas” – finaliza Husseine, sócio/diretor da Meira Fernandes.
Para receber a pesquisa completa:
WhatsApp: (11) 99954.3594
E através do formulário de solicitação CLICANDO AQUI
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfJXqmgfsKaS96KpC5yG6kCAtf6Xd-WxoPGYLOmC0Woxv5LcQ/viewform
SOBRE NÓS
Há mais de 44 anos no segmento educacional,
a Meira Fernandes foi a primeira empresa a se especializar na prestação
de serviços exclusivos nas áreas: Contábil, Fiscal, Pessoal, Finanças,
Tributária, Legal e Terceiro Setor para Instituições de Ensino de
pequeno, médio e grande porte com atuação em todo país. Atualmente,
está presente em mais de 10 estados e 80 municípios, atuando de forma
decisiva no dia a dia de mais de 1.500 Instituições de Ensino.
A
Meira Fernandes é a única empresa que tem seu sistema de Folha de
Pagamento próprio e homologado pelo SINPRO SP (Sindicato dos Professores
de São Paulo), o que possibilita uma maior precisão no processamento
dos dados, pontualidade e segurança perante os órgãos públicos.
PESQUISADOR FERNANDO LINO
Pesquisador, neuroeducador e autor dos livros Xarope Digital e Bem-Estar Digital sobre
vicio em telas e tecnologias em crianças e adolescentes e pesquisas em
campo por escolas de todo Brasil. Possui graduação em Economia com foco
em Novas Tecnologias pela UFJF, pós-graduação em Tecnologia Educacional -
Edtech pela UFScar, extensão em Neuroeducação pela Universidade John
Hopkins e mestrado em Educação Tecnológica pela University of Tartu,
onde estudou os impactos da tecnologia na vida de crianças e
adolescentes, é membro da Associação Internacional de Educação
Neurodesenvolvimental (IANDE) e fundador da metodologia Guardião Digital.
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