Representantes
do governo brasileiro participaram, nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro,
da Conferência sobre Clima e Ar Limpo 2024, promovida pela Coalizão
Clima e Ar Limpo (CCAC), das Nações Unidas, em Nairóbi, no Quênia. No
evento, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou
detalhes da experiência na condução do Plano de Agricultura de Baixo
Carbono (Plano ABC/ABC+), a principal política pública do país dedicada
ao desenvolvimento da agricultura sustentável no Brasil. O objetivo da
conferência é avançar no diálogo e intensificar, coletivamente, a
implementação de iniciativas de mitigação de emissões de gases de efeito
estufa, como o Compromisso Global para o Metano.
O
encontro reuniu 86 parceiros estatais e 83 parceiros não estatais da
CCAC, entre eles, governos locais e internacionais, organizações
intergovernamentais, organizações não governamentais, empresas privadas,
instituições financeiras e demais interessados da região africana. Nos
painéis realizados, os assuntos foram as mais recentes ciências e
políticas, as melhores práticas, além da elaboração de uma agenda comum
para os principais setores emissores de gases do efeito estufa - que
incluem agricultura, resíduos, combustíveis fósseis, energia doméstica,
veículos, motores pesados e refrigeração.
O
Mapa foi representado pelo diretor do Departamento de Produção
Sustentável e Irrigação, Bruno Brasil, que apresentou as tecnologias
brasileiras sustentáveis, além dos resultados e metas do Plano ABC. Em
sua explanação, o enfoque foi mostrar como é possível conciliar as
necessidades dos produtores com uma atividade privada, economicamente
viável e comprometida com a sustentabilidade ambiental, utilizando
instrumentos do governo, como o crédito rural e, também, a assistência
técnica. “Trata-se de um plano abrangente que não só mitiga as emissões
de dióxido de carbono, mas também de metano e óxido nitroso. Nossas
tecnologias e práticas podem servir de modelo para outros países dos
trópicos, principalmente para a África. Tivemos um retorno muito
positivo e as discussões devem avançar com a possibilidade, inclusive,
de levar esse modelo como cooperação para diversos países africanos”,
explicou.
Na
avaliação da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável,
Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, a participação do Mapa foi
muito expressiva. “Tivemos um retorno muito positivo e as discussões
devem avançar com a possibilidade, inclusive, de levar esse modelo como
cooperação para diversos países africanos”, disse.
A
Conferência antecede a 6ª Sessão da Assembleia da Organização das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-6), que será realizada de 26 de
fevereiro a 1º de março, para debater com a importância do
multilateralismo no enfrentamento à crise mundial de mudanças
climáticas, natureza, perda de biodiversidade, poluição e resíduos.
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