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domingo, 3 de março de 2024

Com aumento dos casos de dengue, HEF alerta para cuidados essenciais a grupos mais vulneráveis

 

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Assessoria de Comunicação do HEF

Fernanda Bueno

E-mail: fernanda@ecco.inf.br


Com aumento dos casos de dengue, HEF alerta para cuidados essenciais a grupos mais vulneráveis

Devido ao número crescente dos casos de dengue em Goiás, o Hospital Estadual de Formosa alerta sobre a necessidade de redobrar a atenção aos grupos de risco.

HCN reforça atendimentos e amplia perfil assistencial / Foto: Distribuição IMED;HEF alerta que pessoas com condições preexistentes, gestantes, lactentes, crianças (até 2 anos) e idosos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença

O Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do governo de Goiás, administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), alerta a população para os cuidados e prevenção da dengue, doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que afeta todas as idades, mas exige uma atenção especial em alguns grupos que são considerados de risco. Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e incluem febre alta, dores musculares e articulares intensas, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas e fadiga extrema. Em alguns casos, a dengue pode progredir para um quadro mais grave, caracterizado por sangramento, insuficiência de órgãos e choque.

 

Pessoas com condições preexistentes, gestantes, lactentes, crianças (até 2 anos) e idosos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença. Para os idosos a dengue representa um grande risco, devido à sua imunidade enfraquecida, maior prevalência de doenças pré-existentes e maior suscetibilidade a complicações graves. Além disso, a capacidade reduzida de recuperação dos idosos aumenta a gravidade potencial da infecção. Para Anne Karollinne Oliveira, médica do pronto-socorro do HEF, os idosos enfrentam maior propensão à hospitalização e ao desenvolvimento de formas graves de doenças, apresentando mais risco de mortalidade pela dengue. 

“Essa faixa etária frequentemente lida com a presença de doenças crônicas associadas, aumentando a suscetibilidade à desidratação. Portanto, a hidratação nessa faixa etária é fundamental para o sucesso do tratamento e precisa ser acompanhada pelos familiares, além de sinais de alarme no início devem levar à emergência para um melhor manejo do tratamento”, orienta a médica.

Esse foi o caso da paciente Elmita Pereira, 76 anos, que com o diagnóstico de dengue precisou ser internada no HEF após sentir fortes dores no abdômen, oscilações de pressão e uma queda repentina das plaquetas. A paciente conta que os sintomas a deixaram muito preocupada e com medo, mas que já está se sentindo melhor e almeja a alta. “É a primeira vez que tenho dengue, os primeiros sintomas foram um frio muito grande, junto com dores dos olhos e na cabeça. Fiquei preocupada, mas hoje estou 70% melhor, tomando todos os remédios, recebendo os cuidados e espero ir para casa em breve”, afirma ela.

Crianças e Gestantes

Em crianças menores de dois anos, os sintomas podem ser mais difíceis de identificar, já que elas muitas vezes não conseguem expressar claramente o que estão sentindo. Além disso, os sintomas da dengue em crianças podem ser semelhantes aos de outras doenças comuns da infância, o que pode dificultar o diagnóstico. Sinais de alarme como dores intensas, irritabilidade, choro contínuo, vômitos persistentes e sangramentos de mucos são importantes indicadores de que a criança pode estar com dengue em estado grave. É essencial ficar atento a esses sinais e procurar atendimento médico imediatamente se eles estiverem presentes.

No caso das gestantes, em que a imunidade é naturalmente mais baixa devido às diversas modificações que o seu sistema imunológico sofre ao longo dos nove meses, a grande preocupação é o desenvolvimento de complicações. Além disso, o diagnóstico pode ser retardado, já que em alguns casos é confundido com sintomas típicos da gestação, como perda sanguínea vaginal, que pode ser um sinal de evolução da dengue para o quadro hemorrágico.

“Nos casos em que a dengue evolui para a forma hemorrágica, o número de plaquetas da gestante diminui, e os riscos de hemorragia aumentam. Esse quadro estimula deslocamentos placentários e hemorragias que, se não controlados, podem levar à interrupção da gravidez. O início e o fim da gestação são os períodos que merecem maior atenção quando há confirmação da doença. Isso porque, nos primeiros três meses, os riscos de aborto são maiores do que quando comparado a gestantes não infectadas. Já no final da gravidez, a evolução para a forma hemorrágica é mais comum, além de haver riscos de parto prematuro”, explica Dra. Anne Karollinne Oliveira.

 

Prevenção

 

A prevenção é fundamental no combate à dengue. Medidas simples como usar repelentes de insetos, instalar telas em portas, janelas e usar roupas que cubram a maior parte do corpo, podem ajudar a reduzir o risco de picadas de mosquito. A melhor forma de evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, é eliminar possíveis criadouros, como recipientes com água parada.

 

Por isso, ações de conscientização e engajamento da população são essenciais no combate à dengue. Luciano Dutra, diretor do HEF, explica que a prevenção é responsabilidade de todos nós.  “Nosso trabalho não se resume apenas ao tratamento das doenças, mas também inclui a promoção da saúde e a prevenção de enfermidades. Portanto, é essencial que todos estejamos envolvidos nesse esforço integrado de combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti”, ressalta o diretor.

Assessoria de Comunicação do HEF

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