JORNAL A REGIÃO
A família de Clériston Pereira da Cunha, o Clezão, preso do 8 de janeiro que morreu na Papuda após ter laudos e recomendações por soltura ignorados, entrou com ação penal contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morares.
Ele é formalmente acusado de prevaricação, maus tratos, abuso de autoridade e tortura. A pena para os crimes pode chegar a 33 anos de detenção. O pedido endereçado ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, foi protocolado nesta sexta-feira, assinado pelo advogado Tiago Pavinatto.
O Diário do Poder mostrou que ao menos quatro peças da defesa, incluindo três laudos médicos, foram apresentadas ao Supremo atestando o estado de saúde delicado de Clériston Pereira da Cunha. Todos esses documentos foram ignorados pelo relator dos casos do 8 de janeiro, ministro Alexandre de Moraes.
O ministro também ignorou o parecer favorável à revogação da prisão de Clezão por parte da PGR. Imagens obtidas também mostram que, na hora em que a Esplanada dos Ministérios foi depredada, no 8 de janeiro de 2023, Clezão se encontrava no comércio da família, em atendimento a clientes.
“Até mesmo o ilustríssimo representante do Ministério Público Federal foi consciente em afirmar que não tem provas de que o denunciado estava na esplanada”, afirmou a defesa da família. Apesar de impactante pelo ineditismo, dificilmente Moraes será indiciado, porque hoje manda no STF mais que o presidente.
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