MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Conselho de Direitos Humanos da ONU, mais uma vez, mostra seu viés contra Israel, afirma cientista político André Lajst

 


André Lajst é cientista político, presidente executivo da StandWithUs Brasil e doutorando da Universidade de Córdoba (Espanha), em Ciências Políticas e Sociais, com foco no processo de paz palestino-israelense. 

 

Em sua última reunião, aprovou 4 resoluções contra Israel e apenas uma contra a Rússia

Conselho se reuniu no último dia 1º. (Foto: UNHRC/SCREENSHOT)

Em sua 49ª sessão, ocorrida no dia 1º de Abril, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC, da sigla em inglês) aprovou quatro resoluções anti-Israel e pró-Palestina, incluindo um pedido de limitação do acesso a armas por meio de um embargo contra o Estado judeu. A resolução foi aprovada por 37 votos a favor e 3 contra, contando com sete abstenções.

Brasil, Malawi e os Estados Unidos – que se juntaram novamente ao Conselho como membro votante neste ano – foram os três países que ficaram ao lado de Israel. Camarões, Honduras, Índia, Ilhas Marshall, Nepal, Ucrânia e Reino Unido se abstiveram, enquanto que todos os países da União Europeia presentes no Conselho apoiaram o texto, incluindo França e Alemanha.

Israel foi o único país que o UNHRC censurou várias vezes. A Rússia, que é membro do Conselho, foi repreendida apenas uma vez por sua invasão à Ucrânia, com uma resolução que foi aprovada por 32 a 2, além de 13 abstenções. Outros países – Coreia do Norte, Irã, Bielorrússia, Mianmar, Nicarágua e Síria – foram responsabilizados por abusos de direitos humanos com apenas uma imposição cada.

O tratamento desigual da UNHCR em relação a Israel já é de longa data, de acordo com o cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst. “O Conselho da ONU tem um longo histórico de preconceito e perseguição a Israel. Apesar da organização se destacar em outros lugares do mundo por defender os valores humanitários, em Israel e nos territórios sob controle palestino é nítido seu posicionamento enviesado, aprovando medidas que condenam Israel enquanto poupa outros países do Oriente Médio e do mundo que atropelam diariamente os direitos humanos”, explica o especialista.

As outras três resoluções foram votadas sob o item 7 da Agenda do Conselho. Durante todas as reuniões, de acordo com o item 7, Israel é o tópico de discussão e as supostas violações israelenses dos direitos humanos são debatidas em cada sessão. “A existência desse item recorrente em toda agenda do Conselho é mais uma prova da perseguição da ONU contra Israel. Não existe nenhuma exigência desse tipo para nenhum dos outros 193 estados membros da ONU”, aponta Lajst.

Das três resoluções do Item 7 da Agenda, a que condena a atividade de assentamentos israelenses, pede um boicote aos produtos desses assentamentos e uma retirada israelense respeitando as linhas territoriais pré-1967 foi aprovada por 38 a 4, com cinco abstenções.

A resolução sobre os direitos do povo palestino à autodeterminação foi aprovada por 41 votos a 3, com três abstenções. O que contou com menor apoio foi o texto que pedia a retirada de Israel das Colinas de Golã, que acabou sendo aprovado por 29 a 15, com três abstenções.

O embaixador palestino na ONU em Genebra, Ibrahim Khraishi, disse na reunião que era importante responsabilizar Israel por suas ações contra seu povo e acusou o país de colonialismo e crime de apartheid. André Lajst mais uma vez reforça que esse discurso é enviesado: “Israel se preocupa com a segurança de seus cidadãos e utiliza formas preventivas e ferramentas de tecnologia conhecidas no mundo todo para proteção contra ações violentas. As eventuais construções de barreiras e sistemas de segurança adotados no país não têm quaisquer tipos de segregação étnica ou racial como motivo. A acusação de que Israel comete o crime de apartheid é mais uma forma de tentar deslegitimar o país, isolá-lo e, consequentemente, enfraquecê-lo”, explica o cientista político. "Basta olhar para a quantidade de árabes vivendo como cidadãos em Israel e assumindo posições de liderança, inclusive no parlamento israelense, para ver que Israel não é um regime de apartheid", ele conclui.

Graduado no Centro Interdisciplinar Herzliya (Israel) em Governo, Diplomacia e Estratégia, com ênfase em Oriente Médio, é mestre pela mesma instituição em contraterrorismo e segurança nacional. Foi oficial acadêmico no departamento de pesquisa e operações da inteligência da Força Aérea de Israel e atuou como pesquisador do Instituto Internacional em Contraterrorismo, (ICT), onde realizou dezenas de pesquisas sobre terrorismo, processo de paz, mundo árabe e a influência dos grupos Hezbollah e Al Qaeda no Brasil. 

Tem sido fonte de diversos meios de comunicação do Brasil, entre os quais Revista Veja, Globo News, Folha de S. Paulo, CNN Brasil, Jovem Pan, Gazeta do Povo, O Estado de Minas, O Estado de São Paulo, e veículos da imprensa israelense, como Times of Israel, Channel 2, entre outros, sobre temas ligados ao Oriente Médio, terrorismo e contraterrorismo, processo de paz árabe-israelense e segurança nacional. 

Atua como professor e palestrante, em instituições públicas e privadas do Brasil, como a Universidade de São Paulo (USP), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Belas Artes, Casa do Saber, Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Amazonas, Instituto Federal Rio Grande, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Judas Tadeu, entre outras.

Site: andrelajst.com

Instagram: @andrelajst

Twitter: /AndreLajst

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