JORNAL A REGIÃO
Nesta segunda-feira, o presidente do Vitória, Fabio Mota, concedeu entrevista exclusiva ao Conexão Morena, da Morena FM, e defendeu sua gestão. Prestes a completar 4 anos à frente do clube, ele é candidato à reeleição. Mota lembrou que, em 2022, quando assumiu, o Vitória estava na Série C e acumulava dívida de R$ 600 milhões.
"Uma situação muito complicada, com seis meses de salários atrasados. Ninguém queria jogar no Vitória, porque o Vitória não pagava ninguém", relembrou. Para Mota, o título da Série B do ano passado é o mais importante da história do clube. O dirigente ressaltou a conquista do Campeonato Baiano de 2024.
"Tinha seis anos que o Vitória não ia nem para a final", lembrou Mota, que destacou a volta à Série A em apenas dois anos e o crescimento do patrimônio do clube, que, segundo ele, foi triplicado. "Quando assumi, o Vitória tinha seis campos, hoje tem 12. Tinha uma loja, hoje tem oito. Passamos de quatro mil 40 mil sócios", afirmou.
O presidente também disse que é totalmente a favor da criação da Sociedade Anônima de Futebol no clube, desde que seja feita com planejamento e critérios rigorosos. "A gente tem vários exemplos de SAFs que foram feitas de qualquer jeito e não deu certo", observou, citando o Vasco da Gama.
O presidente do Vitória ainda deu uma provocada no adversário da eleição, marcada para 13 de dezembro, o deputado estadual Marcone Amaral, ex-jogador do clube. "Quando a gente estava na Série C, se acabando, fazendo lista, batendo na porta de um e outro, ele não se aproximou para nos ajudar", alfinetou.
"Agora, o patinho, como a gente diz aqui, está bem bonitinho. A história é outra," completou.
Com o Vitória na 17ª posição na Série A do Brasileiro, dentro da zona de rebaixamento a cinco rodadas para o fim do campeonato, o dirigente afirmou que todas as atenções do clube estão voltadas para a permanência na elite do futebol nacional. Para o dirigente, os clubes nordestinos têm muitas dificuldades por causa do orçamento.
"Nosso foco sempre foi o Brasileiro, um campeonato difícil, os clubes do Nordeste sofrem muito. Dos 4 na zona de rebaixamento, três são do Nordeste. Primeiro, porque a gente está longe e as viagens são mais desgastantes; segundo, porque a gente não tem a grana que os outros têm. Os outros viajam em voos fretados".
A diferença dos orçamentos também criam abismos nos valores investidos, acrescentou Fábio Mota. "A folha do Vitória é a 17ª do Brasil. Com a grana que a gente tem, já faz milagre com o elenco". Segundo o dirigente, os salários da equipe principal somam R$ 8 milhões por mês, enquanto a do líder Flamengo chega a R$ 40 milhões.
Para Mota, o Mirassol, com folha mensal de R$ 5 milhões e com a quarta posição na tabela, "é a exceção que confirma a regra". O presidente do Vitória também reafirmou o interesse de retomar a parceria com o Itabuna Esporte Clube, apoiando o time do sul da Bahia nas competições do próximo ano.
Ele garantiu que o projeto da construção de um núcleo de formação de atletas na cidade está mantido, assim como a parceria em campo. "O compromisso continua de pé, para o Itabuna voltar à sua tradição e à sua bela história". Mota explicou que 2025 foi mais complicado para o Vitória por causa da quantidade de competições. "Atrapalhou".
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