Quem quer fazer, vai e faz
A Cacau Show está construindo o Cacau Park, de R$ 2 bilhões, em São
Paulo. Vai ter 950 mil m² de área construída, com dois hotéis, shopping a
céu aberto, restaurantes e mais de 400 mil m² de atrações. O detalhe é
que fica pronto em 2027. Quer apostar que tudo isso fica pronto antes da
nova ponte sobre o Rio Jequitinhonha e da ponte fantasma Salvador -
Itaparica? Vale um suco de cacau.
Tem um nó no caminho
O Banco da Vitória já é um nó no trajeto entre Itabuna e Ilhéus. A
partir dele, a Rodovia Jorge Amado não tem a terceira pista, que
resolveu o problema no resto da estrada. É entre Banco e Ilhéus que a
maioria dos acidentes acontecem. Agora imagine o que vai acontecer
quando todo o fluxo da CC-649, a estrada calça curta, se juntar ao da
415 neste nó. O projeto não era esse.
Uma estrada "fim de linha"
O projeto era que a CC-649 teria, em Banco da Vitória, três saídas. Uma
direto para a orla sul, dando nas casas da Ceplac; outra direto para a
orla norte, até o polo de informática; e uma terceira via para o centro
de Ilhéus. Como o PT passou prometendo a duplicação por 20 anos e não
tinha como fugir mais, inventou a calça curta, que "duplica" uma estrada
de 32km com 18km. É a duplicação meia boca.
Un idiot désemparé
A gente sempre acha que não dá para o desgovernador Zeronimo dar um
vexame maior que o anterior. Mas ele sempre surpreende. Desta vez, o
vexame foi internacional. Durante um convescote em Salvador, o
presidente da França, Mané Macarron, discursava quando, do nada,
Zeronimo tomou o microfone da mão dele para pedir que os
desorganizadores do evento arrumassem um intérprete.
Casa da mãe joana
Parece que os desorganizadores do evento esqueceram de colocar um
intérprete de francês. Devem achar que Zeronimo e os convidados iam
ouvir pelo Google tradutor no celular. O próprio evento foi exótico,
discutindo "Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com a África". Não faz
sentido, mesmo com a Bahia achando que faz parte do continente africano e
a França sendo dona de colônias por lá.
Colonizador entre colonizados
A França teve mais de 15 colônias na África que, mesmo depois de
conquistar a independência, continuam dependendo dos franceses por causa
de acordos cabulosos. Vários países são obrigados a imprimir sua moeda
oficial na França e pagar 20% para ela. Na Bahia, Macarron deve ter se
sentido numa das colônias, de tanto que falaram de Bahia ser "o lugar
mais africano fora da África".
Pode, não pode, vou ver
A semana foi de bagunça institucional. Primeiro a Câmara de Itabuna
anunciou que estava suspendendo a Zona Azul por decreto legislativo
"enviado à Prefeitura para cumprimento". A Prefeitura avisou que a
Câmara não tem poderes para isso e ela voltou atrás. Em seguida teve que
enviar uma "sugestão" para que o Executivo cobre ajustes da Park Gold.
Em poucas horas a prefeitura já intimava a Park Gold.
O serviço está uma zona
Falta de motivos para ajustes não é. A Park Gold vem extorquindo os
usuários sem aplicativo. A monitora exige pagamento antecipado e ameaça
com cobrança em dobro na saída, mesmo que a pessoa fique só 20 minutos
estacionado. A diferença de 100% deixaria qualquer agiota constrangido.
Na palavra de um ouvinte do Conexão Morena, da Morena FM, "é roubo". E
nem precisa de arma.
Comércio virou vítima
Outro problema da Zona Azul é a falta de tempo de tolerância para quem
baixou o aplicativo da Park Gold. Não importa se ele ficar só 10 minutos
na vaga, o aplicativo automaticamente debita a hora inteira. Os
motoristas ainda reclamam da falta de monitores. Toda essa bagunça já
atrapalha o comércio e, por tabela, a Prefeitura, porque menos venda é
igual a menos impostos.
Se for acabar com "os de cima"...
A julgar pelas declarações de Rui B. Osta, aquele da fraude dos
respiradores, o governo federal vai acabar com seu próprio partido. Diz
ele que o "combate à criminalidade vai atingir todos os níveis,
incluindo líderes que não estão no morro, mas em apartamentos de luxo”.
Se fosse verdade, ia acabar com muitos políticos do Partido dos
Traficantes presos. Mas ninguém acha bonito atacar os amigos.
Pagando mico nacional
Pegou muito mal o cancelamento da etapa do Circuito Brasileiro de
FuteVolei em Itabuna. Marcada para os dias 13 a 16, ela foi cancelada
porque a secretaria de Esportes alegou que os jogos do Interbairros
ocupam toda a equipe e não haveria pessoal para o evento. A secretaria
sabe do Interbairros há muito tempo, então por que marcou o futevolei?
No Insta choveram sugestões de mudar para Ilhéus...
Atletas foram sacaneados
Atletas que já tinham comprado passagem e reservado hoteis detonaram a
cidade e defendem que ela seja ignorada nos próximos anos. Reclamaram do
cancelamento a poucos dias do evento. Eles lamentam ainda a perda de
pontos para o ranking que seriam disputados na etapa. Até onde se sabia,
a ideia da Arena Beira-Rio era justamente atrair etapas nacionais e
estaduais. Foi mal.
Pai não reconhece filho...
Não convide para o mesmo terreiro o senador Jaques Wagner e o sinistro
Rui B. Osta. O amor do criador pela criatura e vice-versa parece ter
acabado. Os dois travam um duelo pela chapa de 2026. Rui quer definir os
dois candidatos ao Senado pelas pesquisas, que já mostraram não ser
confiáveis. Wagner quer que a definição saia de negociação entre os
partidos aliados.
Entre os aliados, ninguém quer
A ideia não agrada Rui, que é detestado não só pelos aliados como pelo
próprio partido. A exceção é o Avante, porque Ronaldo Carletto sonha em
ser suplente dele. A atual senador Coroné Ângelo não abre mão da
reeleição, nem Wagner. O MDB do ex-presidiário Feddel Frieira Lima
também é contra a manobra de Rui. Existe ainda a decisão se Zeronimo
deve tentar a reeleição.
Conspirando contra Zeronimo
Se Rui não conseguir convencer o partido e os aliados a concorrer ao
Senado, vai trabalhar para tomar o lugar de Zeronimo e sair para o
governo do estado. A desculpa já está "na ponta da língua", voltada para
convencer o PT: se Zeronimo for para a reeleição, terá que entregar o
cargo seis meses antes. O governo (e o poder) passaria para Geraldo
Cabeção, na verdade para Feddel.
Feddel tira o sono do PT
A ideia de ter Feddel comandando o estado por seis meses atormenta e
tira o sono dos petistas. Eles temem a demissão em massa de petistas, a
troca de todos os secretários, o aparelhamento de estatais, a
concentração das ações do governo para ajudar prefeitos e candidatos a
deputado do MDB. O acerto de apoio de prefeitos ao PT em troca de obras e
verbas pode ser destruido. Só com Maracujina...
Alguém acorde o pessoal
O que faz a Arsepi? A maioria não sabe nem que a Agência de Regulação de
Serviços Públicos de Itabuna existe. Não regula a Zona Azul. Não regula
o transporte. A única atividade que soubemos foi uma visita ao
matadouro... em 2022. Muito ativa na época em que era comandada por
Humberto Mattos, a agência parece estar num sono profundo desde que ele
saiu. Mas custa caro.
Deu piti na porta do baile
Quando voce cai de paraquedas num cargo onde não conhece a realidade
local, é quase certeza de que vai rolar mico e treta. Foi o que
aconteceu com o gaúcho Bruno Monteiro, colocado na secretaria estadual
de Cultura sob protesto de muitos artistas. Ele apareceu no evento feito
para o presidente da França, Mané Macarron, mas foi barrado na porta. O
chilique sobrou para os assessores.
Ingratidão gera rejeição
Enterrado em Itabuna, em cova rasa, o deputado virtual Pancadão da AFI
correu para ciscar na vizinha Ilhéus, na esperança de conseguir uns
votos por lá. Mas quebrou a cara com o vereador Tank do Dique, que até
podia ter apoiado. Tank ficou irado com a postura indecente de Pancadão
que, numa entrevista, deu nota 2,5 para ACM Neto, justamente quem
garantiu sua eleição.
Tem podre chegando?
A ingratidão levou Tank a avisar que, não só vai deixar de apoiar, como
vai fazer campanha para tirar votos de Pancadão da AFI na cidade.
Pancadão só é deputado porque Neto financiou, dando mais verba que o
partido dele, daí a irritação com a ingratidão. Tank disse que Pancadão
merece "nota zero" e deu a entender que tem muitos segredos do deputinho
que pode revelar... ôba!
Perdeu a vergonha e o "ar"
Quem deve estar muito arrependido é o finado Gelado Limões. Saiu da
tumba em 2024, apertou a mão de ACM Neto e apoiou Pancadão da AFI crente
que ele seria eleito prefeito de Itabuna. Já até se imaginava como
super secretário, de volta ao ar condicionado. De volta porque, mão de
vaca, Gelado só usa abanador em casa e vai ao shopping para ficar no ar
condicionado de graça.
Calote de promessas
Lembra de Zeronimo percorrendo o estado comprando prefeitos sem caráter?
Pois é, a maioria dos comprados pode pular do barco antes mesmo de a
campanha começar. Até agora esperam pelas obras e verbas prometidas pelo
desgovernador do Partido dos Traficantes. Os convênios não saem do
papel, obras iniciadas pararam e as outras nem começaram. A cobrança
começa a ficar mal educada.
O outro lado, tranquilão
A definição da chapa da oposição na Bahia está como ACM Neto quer. Por
enquanto ele vai costurando apoios e visitando cidades. As conversas
sobre as duas vagas para o Senado e a da vice vão ficar para o próximo
ano, sem pressa nem agonia. Um candidato à uma vaga do Senado é o
deputado federal Márcio Marinho, ligado à Igreja Universal. A outra (ou a
vice) pode ficar com João Roma.
"Forasteiros" ajudam mais
Itabuna tem um deputado estadual, Pancadão da AFI, mas sua única
contribuição foram festas que, na verdade, visam conseguir votos para
ele mesmo. Ilhéus tem uma deputada, Sofrência Gavião, que se limitou a
tomar café da tarde com as amigas em Salvador. As duas cidades têm ainda
o semi-deputado Marcone Ai Maral, de ação nula. Só quem rendeu foram os
"forasteiros" Paulo Magalhães e Pedro Tavares.
Histórias da política baiana
Nesta semana aconteceu o Dia do Radialista e a gente lembra de um
encontro de dois deles. Nos anos 90, o ex-governador do Rio, Antony
Garotinho, estava em turnê para convencer seu partido, o MDB, a lançar
ele candidato a presidente. Ao passar por Itabuna, o assessor ligou para
a Morena FM e falou com Marcel Leal.
Sabendo que ele era desconhecido fora do Rio, o assessor só perguntou se
podia dar uma notinha falando que passou por Itabuna. "Ué ele não
prefere dar entrevista?" respondeu Marcel, que acompnhava a política
nacional e conhecia bem o trabalho de Garotinho, que também era
radialista e bom de papo.
O resultado foram mais de três horas seguidas de uma conversa
envolvente, rica, cheia de informações e, ainda por cima, divertida. A
cidade parou para ouvir e, em pouco tempo, tinha uma multidão na porta
da rádio querendo conhecer Garotinho. Quando ele chegou na coletiva que
tinha marcado, não tinha sobrado pergunta para fazer...
Nem por isso Garotinho conseguiu ser candidato a presidente...
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