A
maior casa lírica da França e uma das mais importantes do mundo
desembarca no Brasil com uma programação que combina apresentações
inéditas e ações formativas, marcando seu retorno ao país após 23 anos.
No segundo semestre de 2025, a Ópera de Paris participa da Temporada França-Brasil com uma agenda especial que inclui concertos em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, além de masterclasses
para artistas iniciantes. A Academia da Ópera de Paris, núcleo voltado à
formação de jovens talentos, apresenta dois programas distintos: “Mélodies françaises, Melodias brasileiras” e “Bizet e seus Contemporâneos”.
O repertório será interpretado pelo corpo de residentes da instituição,
formado por cantores e músicos vindos de diversas partes do mundo.
A
cada temporada, a Academia da Ópera de Paris recebe jovens artistas de
diferentes nacionalidades em seu programa de residência, voltado ao
aperfeiçoamento técnico e artístico. Mais de 30 artistas estão em
residência na temporada 2025/2026, entre eles os brasileiros Lorena
Pires e Luis Felipe Sousa. Com eles, os nomes Amandine Portelli
(França), Antoine Dutaillis (França), Bergsvein Toverud (Estados Unidos e
Noruega), Clemens Frank (Áustria), Daria Akulova (Ucrânia), Isobel
Anthony (Estados Unidos) e Sima Ouahman (França) compõem o elenco
internacional da temporada. Juntam-se a eles o pianista Ramon Theobald e
a cantora Juliana Kreling, artistas brasileiros convidados, no concerto
“Mélodies françaises, Melodias brasileiras”.
Com estreia no Brasil marcada para setembro, o recital “Mélodies françaises, Melodias brasileiras” reúne
obras de Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Reynaldo Hahn, Francis
Poulenc, entre outros artistas consagrados em ambos os países. Aclamado
na Opéra Bastille, em Paris, o concerto chega ao Brasil com
apresentações no Teatro Firjan SESI, no Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro; e no Theatro São Pedro, em São Paulo, no dia 28 de setembro.
Os artistas interpretam canções que propõem o diálogo entre melodias
francesas e brasileiras, celebrando os os 200 anos de relações entre os
dois países.
Já
em outubro, o Brasil recebe “Bizet e seus Contemporâneos”, recital em
homenagem aos 150 anos da morte do prestigiado compositor francês. A
temporada tem início nos dias 3 e 4 de outubro, no Theatro Municipal de São Paulo, sob a regência de Roberto Minczuk, maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e diretor musical da New Mexico Philharmonic (EUA).
Em seguida, o concerto segue para o Centro Cultural Teatro Guaíra, em Curitiba, com uma única apresentação no dia 8 de outubro. Regido pelo maestro Roberto Tibiriçá, o espetáculo contará com a participação da Orquestra Sinfônica do Paraná, na qual o maestro também atua como diretor. Já no dia 11 de outubro, “Bizet e seus Contemporâneos" chega ao Rio de Janeiro, com uma apresentação única no histórico Theatro Municipal, sob a regência de Felipe Prazeres,
maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro e maestro associado da Orquestra Petrobras Sinfônica.
O
programa “Bizet e seus Contemporâneos” apresenta uma seleção refinada
de romances, melodias, peças líricas e duetos, revelando diferentes
facetas da obra de Georges Bizet para além das mais conhecidas. São
quinze composições do autor, todas da segunda metade do século XIX,
colocadas em diálogo com obras de de seus contemporâneos Massenet,
Gounod e Saint-Saëns. O espetáculo, que estreou no Palais Garnier em
janeiro deste ano, foi calorosamente recebido pelo público francês.
"A
Academia da Ópera de Paris tem como compromisso acompanhar o
desenvolvimento de jovens artistas de todo o mundo selecionados por seu
talento. Nosso programa de residência é concebido como um diálogo entre
culturas, e os concertos que apresentaremos no Brasil são um reflexo
disso", afirma a diretora da Academia, Myriam Mazouzi.
A
Academia da da Ópera de Paris reafirma seu compromisso com a formação
de novos talentos por meio de uma intensa programação de masterclasses.
Serão cerca de 40 aulas
voltadas a jovens artistas em início de carreira, com foco em violino,
violoncelo e dança. As atividades serão conduzidas por dois solistas da
Orquestra da Ópera de Paris: a violinista Cécile Tête e o violoncelista
Cyrille Lacrouts, além dos bailarinos étoile do Ballet da Ópera de Paris
Alice Renavand e Stéphane Bullion, também professor da Escola de Dança
da Ópera Nacional de Paris. As masterclasses serão fruto de uma parceria
entre a Ópera de Paris com as seguintes instituições: Fundação Theatro
Municipal de São Paulo, Escola de dança do Teatro Guaíra (Curitiba),
Universidade Federal do Paraná (Curitiba), Escola Petite Danse (Rio de
Janeiro) e Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica (Rio de
Janeiro).
A
relação entre a Ópera de Paris e o Brasil tem se fortalecido ao longo
dos anos, impulsionada pela presença crescente de artistas brasileiros
nas produções da instituição. Cantores, bailarinos e músicos formados no
Brasil vêm ocupando espaços importantes na Escola de Dança, na Academia
e no Corpo de Baile da Ópera, levando sua formação e talento a um dos
palcos mais prestigiados do mundo. O vínculo também é reforçado com as
apresentações no país. Em 1994, o Corpo de Baile da Ópera esteve em São
Paulo e no Rio de Janeiro; em 2002, a companhia voltou ao Brasil com a
turnê do balé Giselle, passando por diferentes capitais.
Desde
1985, as Temporadas Cruzadas promovem o intercâmbio artístico entre a
França e diversos países. Em 2025, Brasil e França se reencontram vinte
anos após a primeira Temporada Brasileira na França, “Brasil, Brasis”.
Com apoio dos governos de ambos os países, a nova edição busca renovar
os laços culturais e incentivar novas colaborações, colocando a arte
como elemento central da diplomacia entre as nações.
Sobre a Academia da Ópera Nacional de Paris:
Criada
em 2015, a Academia da Ópera Nacional de Paris concentra suas missões
em três eixos: transmissão, formação e criação. A Academia se organiza
em duas áreas: a área de formação profissional, destinada a jovens
artistas e artesãos, e a seção de educação artística e cultural, com
diversos programas e uma programação destinada ao público jovem. A cada
temporada, cerca de trinta artistas de todo o mundo ingressam no
programa de residência da Academia para aprimorar suas habilidades na
Ópera de Paris. Os artistas participam de produções na Ópera Bastilha e
no Palais Garnier, além da programação de concertos, recitais e
espetáculos. A Academia também oferece um percurso de treinamento
avançado em artes e ofícios para jovens artesãos que desejam aprender as
habilidades e técnicas específicas dos ateliês da Opéra de Paris. Os
programas de educação artística e cultural da Acadamia (L'Opéra en
Guyane, OpérApprentis, L'Opéra pour moi aussi, Dix Mois d'École et
d'Opéra, ADO – Apprentissage de l’Orchestre, etc.), desenvolvidos em
escala nacional, permitem que uma ampla gama de públicos descubra
ativamente o mundo da ópera e do balé. Além disso, sua programação
concebida especialmente para o público jovem, a partir de 6 meses de
idade, permite que cerca de 20.000 novos espectadores a cada temporada
conheçam obras, artistas e companhias de todo o mundo, com atenção
especial ao público com deficiência e cerca de trinta apresentações
escolares.
SERVIÇO:
“Mélodies françaises, Melodias brasileiras”
Rio de Janeiro:
Data: 26/09
Local: Teatro Firjan SESI Centro - Av. Graça Aranha, 1 - Centro, Rio de Janeiro
São Paulo:
Data: 28/09
Local: Theatro São Pedro - R. Barra Funda, 171 - Barra Funda, São Paulo
Vendas abertas no site.
“Bizet e seus Contemporâneos"
São Paulo
Datas: 3 e 4/10
Local: Theatro Municipal de São Paulo - Praça Ramos de Azevedo, s/n - República, São Paulo
Vendas abertas no site.
Curitiba
Data: 8 de outubro
Local: Centro Cultural Teatro Guaíra - R. XV de Novembro, 971 - Centro, Curitiba
Rio de Janeiro
Data: 11/10
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Praça Floriano, S/N - Centro, Rio de Janeiro
Amandine Portelli - França - Mélodies françaises, Melodias brasileiras e Bizet e seus Contemporâneos
Iniciou
sua formação artística na dança clássica e descobriu o canto aos 8 anos
no Coro de Meninas da Maîtrise de Bordeaux, tornando-se rapidamente
solista. Estudou canto no Conservatório de Bordeaux com Maryse Castets
e, desde 2020, tem se apresentado sob a direção de nomes como Salvatore
Caputo e Raphaël Pichon. Atuou como solista em obras de Pergolesi,
Vivaldi, Bach e em Farinelli. Em 2023, interpretou Didon (Didon et Énée)
no Grand Théâtre de Bordeaux e estreou na Ópera Garnier em L’Enfant et
les Sortilèges. Vencedora de concursos internacionais, ingressou na
Academia da Ópera Nacional de Paris em 2024.
Antoine Dutaillis - França (pianista) - Mélodies françaises, Melodias brasileiras
Antoine
Dutaillis é pianista, maestro e preparador vocal francês. Formou-se com
distinção em regência no Conservatório de Paris e já atuou com
orquestras como Ensemble Intercontemporain, Orchestre national de Metz e
Orchestre des Pays de la Loire. Foi assistente de maestros como
Alexandre Bloch, Alain Altinoglu e Semyon Bychkov. Na ópera, colaborou
em Turn of the Screw (Britten) e regeu A Flauta Mágica. Como pianista,
trabalha com solistas e instituições renomadas, além de atuar em
projetos educativos e inclusivos. Ingressa na Academia da Ópera de Paris
em setembro de 2024, e estreia como maestro convidado com as orquestras
de Lille e da Picardia na temporada 24/25.
Bergsvein Toverud - Estados Unidos e Noruega - Mélodies françaises, Melodias brasileiras e Bizet e seus Contemporâneos
O
tenor americano-norueguês Bergsvein Toverud é mestre pela Eastman
School of Music e bacharel pela Universidade Furman. Interpretou o papel
de Romeu (Roméo et Juliette, de Gounod) com a Central City Opera. No
programa Bailey Apprentice Artist do Palm Beach Opera, participou de
diversos concertos e atuou em Falstaff, de Verdi. Foi premiado pela
George and Nora London Foundation e pelo concurso Laffont do
Metropolitan Opera em 2023. Finalista do Friends of Eastman Opera Aria
Competition em 2021. Ingressou na Academia da Ópera Nacional de Paris em
setembro de 2024.
Clemens Frank - Áustria - Bizet e seus Contemporâneos
Clemens
Frank estudou canto na Universidade de Música de Viena, onde concluiu o
bacharelado com distinção e iniciou o mestrado em Vocal Performance.
Estreou como solista no Festival de Salzburgo com a Deutsche
Radiophilharmonie. Interpretou papéis como Conde Almaviva (As Bodas de
Fígaro), Papageno (A Flauta Mágica), Eugene Onegin, Dr. Falke (Die
Fledermaus) e Plutão (Orfeu no Inferno). Atuou nos teatros de Munique,
Berndorf e Schönbrunn. Venceu os concursos Zukunftsstimmen e Lions Music
Award Áustria, e foi finalista do SWR Junge Opernstars 2024. É bolsista
do fundo Anny Felbermayr. Em setembro de 2024, ingressa na Academia da
Ópera Nacional de Paris.
Daria Akulova - Ucrânia - Bizet e seus Contemporâneos
Nascida
em Dnipro, na Ucrânia, Daria Akulova iniciou-se no canto e nas artes
dramáticas aos 5 anos. Formada em canto e piano, venceu o concurso
nacional B. Gmyrya em 2016. Estudou na Academia Tchaikovsky de Kiev,
onde obteve graduação e mestrado. Atuou em papéis como Marfa (A Noiva do
Czar), Amor (Orfeu e Eurídice) e Annina (La Traviata). Em 2022, recebeu
bolsa presidencial e venceu o Concurso Internacional de Música de
Lugano. Participou de concertos na Suíça, Itália, Bulgária e Ucrânia. Em
2024, ingressou na Academia da Ópera de Paris.
Isobel Anthony - Estados Unidos - Bizet e seus Contemporâneos
A
soprano Isobel Anthony estreou na Lyric Opera de Chicago e na Santa Fe
Opera, com destaque para The Righteous, de Gregory Spears, e Der
Rosenkavalier, de Strauss. Atuou como Donna Elvira (Don Giovanni) e Iris
(Semele) na Wolf Trap Opera. Foi solista em obras de David Lang, Jake
Heggie, Luciano Berio e Schönberg. Participou de estreias mundiais de
compositores contemporâneos na Bienen School of Music. É mestre em canto
e ópera pela Northwestern University e bacharel em Linguística pela
Universidade de Yale. Foi diretora artística do Opera Theatre of Yale
College e integrou a Schola Cantorum de Yale, com gravações e turnês
internacionais. Em setembro de 2024, passou a integrar a Academia da
Ópera Nacional de Paris.
Lorena Pires - Brasil - Mélodies françaises, Melodias brasileiras e Bizet e seus Contemporâneos
A
soprano Lorena Pires é bacharel em Canto pela Faculdade de Música do
Espírito Santo. Estreou profissionalmente em 2019 e, desde então, vem
interpretando papéis como Zweite Dame (Die Zauberflöte), Arbace (Catone
in Utica), Lauretta (Gianni Schicchi) e Anna (Nabucco). Em 2024, fez sua
estreia internacional no Uruguai com a Camerata Antiqua de Curitiba.
Premiada em concursos nacionais, é considerada o novo destaque da cena
lírica brasileira. Participou de recital na Ópera de Paris em abril de
2025 e fará seu debut como Clara em Porgy and Bess no Theatro Municipal
de São Paulo. Ingressa como residente na Academia da Ópera Nacional de
Paris em setembro de 2025.
Luis Felipe Sousa - Brasil - Mélodies françaises, Melodias brasileiras e Bizet e seus Contemporâneos
Natural
do Brasil, Luis-Felipe Sousa é formado em canto lírico pela
Universidade de São Paulo e mestre em musicologia e interpretação pela
Unicamp, onde atuou no Ópera Studio e no coro contemporâneo de Campinas.
Iniciou sua carreira como solista na companhia Minaz, em Ribeirão
Preto, e desde então interpretou papéis como Figaro, Don Basilio, Seneca
e Simone. Premiado em diversos concursos nacionais e internacionais,
apresentou-se no Brasil e na Europa, incluindo Itália, Alemanha, Áustria
e Luxemburgo. Foi solista no Requiem de Mozart na Sala São Paulo e na
Petite Messe Solennelle de Rossini no Palácio das Artes. Ingressou na
Academia da Ópera Nacional de Paris em 2023, onde atuou em Street Scene,
L’Isola Disabitata e L’Enfant et les Sortilèges.
Sima Ouahman - França - Mélodies françaises, Melodias brasileiras e Bizet e seus Contemporâneos
Nascida
em Paris e radicada em Bordeaux, a soprano irano-marroquina Sima
Ouahman iniciou seus estudos musicais aos sete anos no Conservatório de
Bordeaux. Descobriu o canto lírico na classe de Maryse Castets e
aperfeiçoou-se com mestres como Claudia Visca e Béatrice Uria Monzon.
Estreou como Papagena (A Flauta Mágica) em 2019, no festival Musique en
Ré. Atuou na Ópera de Bordeaux e na Ópera de Limoges, destacando-se no
repertório barroco. Em 2022, foi solista no Magnificat de Bach, com
regência de Raphaël Pichon. Integrou a Academia da Ópera Nacional de
Paris em 2023. Em 2025, recebeu o Prêmio Lírico da AROP.
Juliana Kreling - Brasil (artista convidada) - Mélodies françaises, Melodias brasileiras
A
soprano brasileira Juliana Kreling iniciou seus estudos aos 8 anos no
projeto Vale Música, em Belém, e estreou aos 18 como Serpina em La Serva
Padrona, no Theatro da Paz. Atuou em produções como Suor Angelica,
Amahl and the Night Visitors e As Bodas de Fígaro. Estudou na UNICAMP e
no Conservatório Leo Kestenberg, em Berlim, além de integrar o estúdio
de ópera de Carlos Montané, nos EUA. Cantou as Bachianas nº5 ao lado de
David Chew. Atualmente, cursa canto na Universidade Mozarteum de
Salzburgo com Michèle Crider e se apresenta como solista em igrejas e
salas de concerto na Áustria.
Ramon Theobald - Brasil (artista convidado) - Mélodies françaises, Melodias brasileiras
Natural
do Brasil, Ramon Theobald é formado pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, com passagem pela Hochschule für Musik de Karlsruhe por meio
de bolsa do DAAD. Aperfeiçoou-se na Accademia Georg Solti, em Veneza, e
na Fabbrica da Ópera de Roma. Atuou no Theatro Municipal do Rio entre
2016 e 2019, em produções como Faust, Eugene Onegin, Norma e Jenůfa.
Trabalhou com artistas como Jessica Pratt, Lawrence Brownlee, Lisette
Oropesa e Yusif Eyvazov. Premiado em diversos concursos no Brasil,
apresentou recitais no país e na Alemanha. Integrou a Academia da Ópera
Nacional de Paris de 2021 a 2023.
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