Você
sabe a diferença entre a inteligência artificial tradicional e a IA
generativa? Essa é uma questão importante que define como nós,
profissionais, podemos usar todas as potencialidades dessa tecnologia
sem medo de abandonar qualquer aspecto humano do nosso trabalho.
De
forma bem simples, a IA tradicional classifica, recomenda ou detecta
padrões com base em regras aprendidas. Um exemplo é o "machine
learning”, um conjunto de comandos que permite que uma máquina ou um
sistema “aprenda” com dados e melhore sua rotina, até mesmo fazendo
ajustes e tomando decisões para aquela operação em especial.
Já
a IA generativa cria um texto, uma imagem, um filme, uma programação
para um aplicativo, etc., a partir de uma ideia que o usuário descreve,
aproveitando bases de dados gigantescas que estão disponíveis na
internet ou que foram selecionadas pelas empresas criadoras das
ferramentas.
É
por isso que muitas criações com IA generativa ainda carregam traços,
características e elementos de obras existentes. São padrões detectados
durante o treinamento das ferramentas e que são ajustados em certos
parâmetros. É assim que funciona o ChatGPT, o Gemini, o DeepSeek, o Veo3
e tantas outras.
A
IA generativa ainda pode realizar uma tarefa complexa, como se
dominasse um software ou aplicativo dedicado. Por exemplo, organizar em
uma planilha uma lista de fornecedores com diversas observações ou
qualificações, o que demandaria horas de atenção e conferência de um ser
humano.
Por
isso, precisamos estabelecer corretamente que a IA não aprende como
nós, humanos, aprendemos. A IA reconhece regras e padrões e, após
receber um pedido, ou um prompt do usuário, gera uma resposta calculando
a entrega pelo funcionamento de um software, ou a imagem, o código ou a
sequência de palavras mais prováveis a partir dos bancos de dados onde
essa inteligência artificial foi treinada.
Quanto maior a quantidade e a qualidade dos dados, melhor será a resposta.
Ao
mesmo tempo, o usuário também receberá respostas mais aceitáveis e
úteis se fizer perguntas melhores. Ou seja, aprendendo a construir
prompts mais complexos e objetivos, que levem a ferramenta de IA a
elencar os elementos corretos e com maior probabilidade de atender ao
pedido.
Por isso, gosto de dizer que ferramentas de IA são apoio, não atalho. A IA prevê códigos e palavras, mas não checa fatos.
O
profissional não pode terceirizar seu senso crítico, sua criatividade e
muito menos a sua responsabilidade. A IA é uma ferramenta excelente
para acelerar testes e refinar ideias, mas nunca para fazer um
julgamento. A criação inicial, que define o prompt, assim como as
decisões críticas e a validação final, são humanas por natureza.
Henrique Calandra é
fundador do WallJobs, empresa de tecnologia brasileira que oferece
soluções automatizadas para contratos de estágio, autor do livro
“Inteligência Artificial Generativa para Iniciantes", e palestrante de
grandes ecossistemas como InovaBRA e Distrito.
SOBRE O WALLJOBS
Fundado
há dez anos, o WallJobs é a mais inovadora HR-tech do Brasil: o
primeiro agente 100% digital e IA-First para integrar universidades,
pessoas estagiárias e algumas das empresas mais importantes do país, em
uma plataforma que promove a melhor experiência para todas as partes,
sem burocracia, com velocidade, segurança e em conformidade total com a
legislação brasileira.
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