JORNAL A REGIÃO
Cerca de cinco meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) bloquear R$ 4,2 bilhões de emendas suspeitas para minar a chance de esquemas de corrupção, o regime de Lula da Silva (PT) articula uma nova estratégia para proteger a origem política de repasses com R$ 3 bilhões de recursos do Ministério da Saúde.
E o Sistema Único de Saúde (SUS) servirá de base para o favorecimento político de aliados do governo petista. Uma reportagem do UOL Notícias publicada nesta sexta-feira revelou que a pasta comandada pelo ministro Alexandre Padilha está orientando parlamentares aliados sobre o orçamento secreto.
Eles devem instruir os prefeitos a pedir repasses pelo protocolo digital do Ministério da Saúde, sem identificar o nome do senador ou deputado responsável. A orientação por escrito que cria um “novo orçamento secreto” foi enviada aos congressistas da base do governo petista na semana passada.
O benefício nebuloso deve “compensar” o apoio de parlamentares à votação do orçamento e arcabouço fiscal. E será distribuído aos congressistas aliados de Lula com R$ 5 milhões por deputado e R$ 18 milhões por senador, com “desconto” de até 40% para quem tiver votado contra a mudança de regras do Benefício de Prestação Continuada.
Segundo a matéria da jornalista Natália Portinari, 60% dessas verbas secretas devem financiar políticas públicas do no SUS em média e alta complexidade e os 40% demais serão aplicados no piso de atenção primária, nos redutos eleitorais. O destino é bancar medicamentos e outros gastos cotidianos do SUS nestas bases políticas.
O montante de R$ 3 bilhões pode ser ampliado até o final do ano, a depender das demandas do governo em votações no Congresso Nacional. Sem contar com os mais de R$ 50 bilhões já previstos para emendas parlamentares no orçamento de 2025.
Segundo a reportagem do UOL Notícias, além do aval de Alcolumbre, a nova forma de orçamento secreto teve o consentimento do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em reunião na residência oficial do presidente do Senado, em março. Com Diário do Poder
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