MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 3 de maio de 2025

Golpes no turismo chegaram a R$ 25 bi

 

JORNAL  A  REGIÃO

A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo (Fhoresp) estima perdas, por fraudes e golpes, de R$ 100 bilhões no Brasil, em 2024. Somente em solo paulista, o número chega a R$ 25 bilhões, decorrentes destes crimes que, além de lesar consumidores e o setor privado, impacta os cofres públicos, por força de sonegação.

A entidade recomenda ações preventivas, a fim de garantir maior proteção nas relações de consumo e evitar o avanço de táticas fraudulentas. Representando 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Fhoresp mapeou o dano econômico sobre hotéis, restaurantes, bares e padarias, via estelionato, no ano passado.

Entre os golpes mais comuns, estão o da falsa hospedagem. O consumidor compra diárias em uma agẽncia mas, ao fazer o check-in, descobre que não há reserva alguma. Casos deste tipo geraram um rombo de R$ 2,4 bilhões, somente em 2024, no Brasil. O diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, faz um alerta.

“Agências de viagens não autorizadas vendem diárias de hotel sem confirmação, ou garantia de disponibilidade - e não contam para o consumidor. O maior exemplo é a 123 Milhas que, em 2023, deixou milhares de clientes e de fornecedores sem receber. Na época, um prejuízo de mais de R$ 135 milhões somente em São Paulo”.

Situação semelhante acontece com a contratação de bufês que somem sem prestar o serviço, ou não recebem o pagamento. O prejuízo deixado em 2024 beira os R$ 90 milhões no País e R$ 15 milhões no estado paulista.

Também chamam a atenção os golpes virtuais, com R$ 135 milhões em perdas. O diretor da Fhoresp explica que fraudes tecnológicas, inclusive, são as mais difíceis de serem identificadas, e cita o falso QR Code.

“Golpistas adulteram o QR-Code, para que o cliente faça o pagamento numa outra conta, ou para que consigam instalar aplicativos e, assim, subtrair dados da vítima, ou terem acesso a banco, senhas etc. O mesmo golpe utiliza o sistema de Wi-Fi. Por isso, é importante que se faça conexão apenas em rede confiável”, sugere Edson Pinto.

Bebidas alcoólicas adulteradas também causaram prejuízos expressivos no Brasil, em 2024. A Fhoresp estima que, 36% do total comercializado é falsificado, adulterado ou contrabandeado, gerando perda fiscal de R$ 85,2 bilhões. No estado de São Paulo, a sonegação bate os R$ 23 bilhões.

A Fhoresp acredita que em 2025 os danos com golpes e fraudes devem se manter, infelizmente, em patamar elevado, e lamenta que não haja no Brasil um sistema maior de proteção para clientes e empresas.

Entre as alternativas apontadas pela entidade para combater este tipo de delito está a criação de um Cadastro de Fraudadores, com interligação entre órgãos como as Polícias Federal e Civil e o Ministério Público (MP).

Outras propostas abarcam o uso de tecnologia, a fim de garantir maior segurança dos contratos e seguros contra golpes. “Se não tivermos em nosso País uma regulação mais forte e ações integradas e preventivas, o prejuízo vai ficar sempre no bolso dos clientes e na conta das empresas," finaliza Edson Pinto.

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