Pocah, Quitéria Chagas, Rebecca, Kamilla Fialho e Carol Borba compartilham
os desafios e aprendizados de equilibrar maternidade, carreira e visibilidade
pública.
Em meio a agendas intensas, câmeras e palcos, a maternidade permanece
como um eixo central na vida de diversas artistas brasileiras. Quitéria
Chagas, Pocah, Rebecca, Carol Borba e Kamilla Fialho compartilham não
apenas a visibilidade pública e a dedicação às suas carreiras, mas
também a experiência de educar seus filhos enquanto enfrentam as
exigências de um mercado competitivo e, muitas vezes, pouco acolhedor
às múltiplas jornadas femininas.
Pocah, mãe de Vitória, enfatiza que a criação da filha atravessa cada
escolha profissional. “A minha história pode mostrar que é possível, sim,
ser mãe e artista. Não é fácil, mas é possível. A gente tem que se
fortalecer, porque o sistema não foi feito pra gente — mas seguimos
rompendo esse ciclo todos os dias”, afirma. Seu relato ecoa o de outras
mulheres que encontram na maternidade um território de resistência e
inspiração.
Rebecca, por sua vez, destaca o compromisso com a educação
consciente da filha Morena, conciliando amor e firmeza diante das
desigualdades sociais. “É sobre criar com amor, mas também com
consciência. Ensinar que o mundo nem sempre é justo, mas que ela tem
força, brilho e lugar onde quiser estar”, pontua a cantora, cuja trajetória
no funk sempre esteve marcada por posicionamentos.
A influenciadora e educadora física Carol Borba, mãe da pequena
Diana, encontrou no planejamento uma ferramenta para manter a
presença ativa na criação da filha. "Hoje, priorizo estar com ela no final
do dia. Tento não marcar nada depois das 16h30, para viver esse tempo
ao lado dela com presença real", revela. Mesmo com a rotina exigente, ela
segue fiel à decisão de colocar a maternidade em primeiro plano.
Já Quitéria Chagas, atriz e eterna rainha de bateria do Império
Serrano, reflete sobre os múltiplos papéis que precisa assumir
diariamente. “É mais complexo você se dividir em mil, né? Para dar conta
dos ensaios, cuidar da filha, dos compromissos... porque ter filho
demanda tempo e dedicação. No final, a gente quer — a mulher se
sobrecarrega — mas dá conta. É isso.” Mãe de Elena, Quitéria também
carrega a responsabilidade simbólica de representar muitas mulheres
negras na arte e na vida.
Kamilla Fialho, empresária e mãe de Tília, fala abertamente sobre os
desafios de equilibrar a maternidade com a gestão da carreira da filha,
que também segue na música. “É dificílimo! Estou cortando um dobrado
pra não misturar as funções. Conto com muitos sócios na carreira dela
que me ajudam a não me sobrecarregar. Fico bastante orgulhosa dos
feitos dela, mas também com muito medo, porque trago muitos traumas
e sei como funciona esse mercado. Tento não passar essa carga. Ela tem a
história dela.”
Em diferentes áreas da cultura e da comunicação, essas mulheres
mostram que ser mãe não limita trajetórias — ao contrário, é parte
indissociável de suas potências criativas, afetivas e profissionais.
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