Cartas fora do baralho
Nas conversas em botecos e eventos, parece quase consenso que a próxima
eleição para prefeito terá só caras novas ou quase. Augusto não poderá
concorrer. Capetão Azêdo, Pancadão Pangaré, Isaac Neris de Pitibiriba e,
óbvio, o finado Gelado Limões, já foram desta vida para o ostracismo.
"Tentaram mais de uma vez e o povo deixou claro que não quer nem precisa
deles", diz um marketeiro.
Novo antigo e as novidades
Então quem vai concorrer? Chico França ainda é uma cara nova e deve ter
uma segunda chance. Capitão Fábio (hoje Major) confirmou à coluna que
será candidato. Manoel Porfírio deve ser a aposta do PT. Alguns
secretários de mais visibilidade podem ser trabalhados, como Sônia
Fontes e Aldo Rebouças. Não se descarta o surgimento de algum
empresário, como Mauro Ribeiro, que atua em entidades e na prefeitura...
Pulando a eleição de 26
A maioria nem considera sair candidato a deputado, pelo custo da
campanha. O sul da Bahia está carente de nomes de peso que possam se
eleger. A exceção é Andrea Castro, que mesmo antes de Augusto entrar na
política, já atuava junto a prefeituras, construindo uma rede de
contatos que, na eleição, vale muito. Fora ela, os nomes em Itabuna e
Ilhéus não tem "capilaridade" em outras cidades, ou seja, ninguém
conhece. Bom... tem Jabes.
Comi$$ão maior que a obra
Se o TCE não fosse "puxadinho" do governo do estado. Se o MP não fosse
parceiro esquerdista do PT. Se a Polícia Federal não estivesse ocupada
em prender velhinhas com biblia. Se a CGU olhasse os governos do PT
também. Se o MPF se importasse com o combate à corrupção... alguém já
teria intimado o conversador Zeronimo para explicar o gasto de R$ 901
mil na construção dessa pinguela, de apenas 9m, sobre o Rio Subaúna em
Entre Rios.
Cumpanhêros terroristas
A Bahia segue colhendo os frutos, ou as balas, de dar ao PT 19 anos de
mando na insegurança pública. Estado mais perigoso do país, líder em
facções e assassinatos, agora é terra fértil para terroristas do campo
do MST e agregados. Na região de café e cacau, as invasões viraram
rotina, com os marginais roubando a safra. Os produtores têm os nomes e
provas. Mas tem gente grande protegendo os invasores.
Protegidos dos cúmplices
Pela parte do Governo Federal, as quadrilhas têm cargos no Incra, são
protegidas, parceiras e financiadas. Pelo lado do estado, as facções são
parceiras, recebidas pelo conversador, incentivadas e protegidas. A PM
faz de conta que não vê nada. A Polícia Civil passa longe. Enquanto os
terroristas rurais vão destruindo a agricultura da Bahia, os petistas
jogam a culpa "nos latifúndios". Os produtores deviam invadir os
assentamentos...
Salvador, capital do tiroteio
Se no campo a violência patrocinada pelo estado já é grande, na capital é
ainda pior. Só em Salvador, em apenas um mês, aconteceram 118
tiroteios. Na Bahia foram 155, deixando um rastro sangrendo de 131
mortos e 24 feridos. Isso só em abril. Segundo o Instituto Fogo Cruzado,
a Bahia do PT lidera, com imensa folga, tiroteios e mortes no país.
Perto da Bahia, o Rio de janeiro virou convenção de freiras.
Antigo interior sossegado
No Sul da Bahia, a Polícia Civil está tendo um trabalhão para combater
as ações do PCC e do Comando Vermelho, que disputam quem manda na Bahia.
O delegado Marlos Macedo passou dias anulando uma briga das duas
facções em Coaraci e Itapitanga, onde a polícia foi recebida a tiros e
dois agentes ficaram feridos. No mês passado, tocaram fogo numa casa com
a família dentro. E Zeronimo acha tudo normal.
"Acusano us cumpanhêro"
Pelo menos, o inoperante e inapto governador Zeronimo confessou que o
caos na Bahia é culpa das gestões do PT. “A gente sabe que isso não se
dá de um dia para o outro. Isso leva décadas para eles se instalarem,
criarem raiz. Então isso já vem acontecendo há 10, 15, 20 anos atrás”.
Ou seja, nos dois governos de Jaques Wagner (PT), que começaram há quase
20 anos, e nos dois de Rui B. Osta (PT)... Só Zeronimo não tem culpa.
Tradição é o meu cacete
Mais uma vez a temporada junina chega com um show de cinismo dos
prefeitos e do governo baiano. Toda divulgação de festa "junina" inclui a
balela de que a prefeitura está "mantendo a tradição" ou "valorizando a
tradição" do São João. Mas destruíram a tradição, que era de forró,
xote e baião, para transformar o São João numa micareta de breganejo,
arrocha, funk, samba, axé... tudo, menos forró.
Locadora gratuita Marão
O desgoverno de Mário Alexandre em Ilhéus parece um livro de ocorrências
de delegacia. Marão não tem realizações, e sim ficha corrida. Um
exemplo absurdo foi o de um carro da Saúde, comprado com dinheiro
federal, enviado a Itabuna para conserto. Marão simplesmente não pagou a
conta e o carro ficou sendo usado pelo dono da oficina como particular
por três anos. Só agora foi resgatado pagando a dívida.
Soterrado pelos prejuízos
Uma foto jornalística precisa "contar uma história" sem precisar usar
nenhuma palavra. É o caso desta foto, do jornalista Thiago Dias, da Morena FM 98,
que registrou a cena na coletiva de imprensa da Prefeitura de Ilhéus. O
prefeito Valderico II, à direita, parece inconsolável e oprimido diante
da montanha de dívidas deixadas por Marão e expostas no telão. Vai ter
que ralar muito para sair do atoleiro.
Muitas emoções à vista
Diante da péssima repercussão de sua "valentia", da lista de agressões
enviadas ao MP e do pedido de cassação pelo mesmo motivo, Tank do Dique
sentiu o golpe. O vereador de Ilhéus plantou uma nota, em blogs pagos
para isso, ameaçando que, se ele cair, "leva muita gente junto, de
dentro e de fora da Câmara". Nas próximas semanas a gente vai saber se
teve cúmplice com medo da ameaça... e culpa no cartório.
Sem ideologia, dá confusão
Quando o pessoal atua na política por poder, cargos ou dinheiro, acaba
criando situações como a do vereador Adilson José (PT). Ele faz parte da
base do governo de Valderico II, da União Progressista, oposição ao PT
do estado. Que vai lançar candidato contra ele em 2028. Mas o PT
estadual não pode exigir nada de Adilson, porque o chefe da qua...
partido, Lula, se juntou até com Alckmin, o eterno rival.
Defendendo o indefensável
Quando o comandante viaja, os marinheiros fazem confusão no navio. Foi
assim na Câmara de Itabuna, com a ausência do presidente Manoel Porfírio
nesta semana, com discussão digna de "briga de recreio de escola".
Clodovil criticou a declaração de ódio de Zeronimo, com razão. Orea se
retou e rebateu dizendo que Zeronimo "se retratou", mas na verdade ele
alegou que a frase estava "fora de contexto". Não estava.
Empurrando para Augusto
Diante de professores que foram à Câmara para pedir uma solução, Baba
Cearense mandou um colega calar a boca e alegou que "derrubar o decreto
não depende da gente, voce tem que fazer o movimento lá na frente da
Prefeitura". Mas é papel dos vereadores negociar e buscar uma solução
para a demissão dos aposentados com a Prefeitura. O que não dá é para
empurrar o problema de seus eleitores para outro.
Fugindo pela porta dos fundos
Os professores já tinham se irritado bastante com os vereadores na
semana passada, quando eles aproveitaram que Porfírio estava viajando,
"cabularam aula" e esvaziaram a sessão, cancelada. "O que se viu foi uma
Câmara distante da população e centrada em disputas que pouco ajudam a
resolver os problemas da cidade", resumiu o analista político Andreyver
Lima no Conexão Morena, da Morena FM 98.
Isso ainda vai dar briga
Erasmo Ávila, supostamente ainda do grupo da situação, sentiu a
repercussão ruim de sua denúncia contra a empresa que recolhe animais e
recuou, alegando que "só faz seu papel" fiscalizador. Mas a fala pegou
mal na Prefeitura e o estrago está feito. Até porque, segundo os
bastidores da Casa, a empresa é de amigos de outro vereador. Que não
gostou nem um pouco da maneira como Ávila denunciou. Babou de raiva.
Coelba, quebra o galho aí
Há duas semanas, um bairro inteiro de Ilhéus ficou sem energia metade do
dia porque a Coelba foi negligente na poda de árvores. Desta vez, a
gente avisa antes para que ela não dê a desculpa de que não sabia. Esta
árvore, no fim do Caminho 2, do Jardim Primavera, em Itabuna, está
prestes a quebrar vários cabos de alta tensão. Vai deixar o bairro no
escuro. E matar alguma criança com o cabo "vivo" exposto.
Governador "tranca-rua"
Voce votou em Bolsonaro? Então saiba que o conversador Zeronimo te odeia
e quer sua morte. Num discurso de ódio no interior, ele disse que
deviam "botar uma enchedeira e levar tudo pra vala, Bolsonaro e quem
votou nele". Jogar na vala é frase típica de facção criminosa. Também
usada por Hitler no genocídio de judeus. Vai ver que ele está andando
muito com essa galera e até pegou o jeito de falar.
Nem os petistas defenderam
A fala de Zeronimo foi tão absurda que o deputado Leandro de Jesus
entrou com pedido de cassação, várias pessoas enviaram queixa ao
Ministério Público e nenhum, repetimos, nenhum petista saiu em defesa do
zero à esquerda. Falta ver se Jaques Wagner, que é judeu, vai condenar a
fala nazista de Zeronimo ou se omitir porque é um governador do PT.
Certas coisas estão acima da política.
Batendo carteira de velhinhos
O mais recente escândalo do regime de Lula da Silva (PT), com o roubo
descarado da aposentadoria dos velhinhos através de sindicados ligados
ao PT, trouxe de volta um baiano já denunciado no passado. O ministro
Aroldo Cedraz, do TCU, é suspeito de dispensar reconhecimento facial e
assinatura eletrônica na autorização do desconto dos sindicatos nas
contas dos aposentados, o que permitiu bater a carteira dos idosos.
Envergonhando a Bahia
Segundo as investigações, Cedraz retirou o assunto da pauta das reuniões
do TCU cinco vezes, para impedir que alguma providência fosse tomada.
Ele sabia do esquema há mais de um ano, mas não se mexeu. Em 2017, ele e
o filho Tiago já tinham sido investigados por facilitação de sentenças.
Na Lava Jato, que investigava propinas na Petrobrás, Tiago até teve as
contas bloqueadas pelo juiz Sergio Moro.
Vingança "maligrina" do Zero
Dizem que as obras do estado vão continuar paradas em Ilhéus. Lembra a
fala de Zeronimo logo que foi eleito: "vou governar para quem me
apoiou". Em Ilhéus ele perdeu feio, para governador e com sua candidata a
prefeita. De birra, parou as obras da duplicação da BA-001, da zona
norte e do canal do Malhado. Mas Augusto é parceiro e Zeronimo até hoje
não retomou a obra da feira do São Caetano...
Essas mães não merecem
No Dia das Mães a Malha Fina deixa aqui sua solidariedade com a de
personagens que nunca pensaram nas deles antes de aprontar. Saibam as
senhoras que, quando estes políticos e corruptos são xingados de "filhos
da juta" não é nada pessoal contra as mães e sim uma descrição dos
filhos. Até porque, qualquer prostituta tem mais honra e caráter que
políticos que roubam ou traem os eleitores mudando de lado.
Histórias da política baiana
Um dos eventos mais aguardados nas campanhas eram os comícios, numa
época de grandes oradores, como o velho ACM, que tinha todo um esquema
montado. Um dos requisitos era a charanga de Moncorvo, responsável por
reforçar as principais frases com uma salva de tambores e metais. Outro
era o fogueteiro, que deveria soltar fogos em dois ou três momentos.
Um era no início, ao ACM ser anunciado. Outro no meio, depois de uma
frase de muito efeito, e no final apoteótico. Certa vez, em Itabuna, ACM
discursava na Praça Adami, tradicional palco da política. Ele foi
interrompido por fogos umas três vezes no meio da frase, arruinando o
discurso. Foi se enfezando e já não disfarçava a irritação.
No final não reclamou, nem falou nada. Entrou no carrro, foi para o
aeroporto e voltou para Salvador. Mas o fogueteiro nunca mais foi
contratado no sul da Bahia, por ninguém, de nenhum partido.
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