Salvador
amanheceu sem ônibus neste domingo (7), por causa de mais uma
paralisação do Sindicato dos Rodoviários - a segunda, em menos de uma
semana. Desta vez, a suspensão das atividades da categoria está
programada para durar 24 horas. Por causa disso a Secretaria Municipal
de Mobilidade (Semob) montou um esquema com os coletivos do transporte
complementar, conhecidos como "amarelinhos" [confira detalhes abaixo].
Ao todo, 215 veículos estão em operação especial. Os trabalhadores estão
em campanha de reajuste salarial e já tinham feito uma paralisação no
início da última sexta-feira (5), quando os ônibus saíram das garagens a
partir das 8h, após assembleia sobre negociações com os empresários,
que já passam de 30 dias. Os
trabalhadores afirmam que os patrões têm negado itens da pauta
elaboradas pelos rodoviários e não descartam a possibilidade de entrarem
em greve por tempo indeterminado. Entre as reivindicações da categoria,
estão: Reajuste salarial entre 10% e 11%; Aumento de 10% no tíquete
alimentação; Compensação das horas extras; Permanência dos cobradores
das passagens nos veículos. O representante das concessionárias, Jorge
Castro, detalhou que quatro reuniões de negociações já foram feitas, e
mais de 40% das cláusulas já foram acordadas entre as partes. As
questões que ainda estão pendentes são as econômicas: reajuste salarial,
tíquete alimentação e plano de saúde. A alegação é de que o setor passa
por dificuldades financeiras e não tem a possibilidade de atender a
todos os pleitos dos rodoviários. “A Prefeitura tem acompanhado as
negociações, mas não pode interferir nos valores definidos para reajuste
salarial, que deve ser acordado entre funcionários e empresa. É preciso
ter um pouco de sensibilidade de ambas as partes nestas negociações”,
disse o secretário de mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller.
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