Fantinel causou revolta ao pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia
1 dia, 4 horas e 32 minutos
Por Henrique Brinco
O vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, chorou em um pedido de desculpas aos baianos divulgado nas redes sociais. "Registro que tenho muito apreço ao povo Baiano, e a todos do norte/nordeste do país. Em um momento de lapso mental, proferi palavras, que não representam o que eu penso e sinto pelo povo da Bahia e do norte/nordeste", declarou, na gravação.
Ele afirmou que sua família tem sido ameaçada desde então. Em um tom emocionado, o vereador disse que sua esposa tem chorado constantemente por causa das mensagens ofensivas que tem recebido, e que ela está até mesmo pensando em deixá-lo.
Fantinel causou revolta ao pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia e afirmou que "a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor". Um total 207 pessoas foram resgatadas, no dia 22 de fevereiro, de um alojamento da cidade vizinha de Bento Gonçalves, onde eram submetidas a trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva para as vinícolas.
Com traços de discriminação, Sandro Fantinel falou ainda durante seu discurso que a única cultura que os baianos têm é a de viver na praia tocando tambor e, que por isso, seria normal ter esse tipo de problema.
Nesta semana, além das investigações policiais e do Ministério Público, já noticiadas pela Tribuna, o vereador Marcelo Maia (PMN) também protocolou uma Moção de Repúdio na Câmara Municipal de Salvador, criticando a xenofobia e o desrespeito à dignidade humana e à ordem constitucional. Através da Moção, o edil repudia ainda a ocorrência de qualquer tipo de trabalho em condições análogas à escravidão.
Marcelo considera o discurso odioso, desrespeitoso e intolerante, além de lamentar essa postura por parte de um vereador. “É lamentável esse tipo de postura por parte de um vereador que foi eleito justamente para defender e representar a pluralidade dos povos. O discurso xenofóbico deste homem deixa claro o seu total despreparo e revela uma verdadeira traição ao mandato, aos seus eleitores e à sociedade”, disse.
Sandro Fantinel foi expulso do Patriota. Além disso, a Câmara de
Vereadores de Caxias do Sul aceitou, por unanimidade a abertura do
processo de cassação do mandato de Fantinel. Ao todo, foram analisados 4
pedidos de cassação.
Fantinel causou revolta ao pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia
1 dia, 4 horas e 32 minutos
Por Henrique Brinco
O vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, chorou em um pedido de desculpas aos baianos divulgado nas redes sociais. "Registro que tenho muito apreço ao povo Baiano, e a todos do norte/nordeste do país. Em um momento de lapso mental, proferi palavras, que não representam o que eu penso e sinto pelo povo da Bahia e do norte/nordeste", declarou, na gravação.
Ele afirmou que sua família tem sido ameaçada desde então. Em um tom emocionado, o vereador disse que sua esposa tem chorado constantemente por causa das mensagens ofensivas que tem recebido, e que ela está até mesmo pensando em deixá-lo.
Fantinel causou revolta ao pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia e afirmou que "a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor". Um total 207 pessoas foram resgatadas, no dia 22 de fevereiro, de um alojamento da cidade vizinha de Bento Gonçalves, onde eram submetidas a trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva para as vinícolas.
Com traços de discriminação, Sandro Fantinel falou ainda durante seu discurso que a única cultura que os baianos têm é a de viver na praia tocando tambor e, que por isso, seria normal ter esse tipo de problema.
Nesta semana, além das investigações policiais e do Ministério Público, já noticiadas pela Tribuna, o vereador Marcelo Maia (PMN) também protocolou uma Moção de Repúdio na Câmara Municipal de Salvador, criticando a xenofobia e o desrespeito à dignidade humana e à ordem constitucional. Através da Moção, o edil repudia ainda a ocorrência de qualquer tipo de trabalho em condições análogas à escravidão.
Marcelo considera o discurso odioso, desrespeitoso e intolerante, além de lamentar essa postura por parte de um vereador. “É lamentável esse tipo de postura por parte de um vereador que foi eleito justamente para defender e representar a pluralidade dos povos. O discurso xenofóbico deste homem deixa claro o seu total despreparo e revela uma verdadeira traição ao mandato, aos seus eleitores e à sociedade”, disse.
Sandro Fantinel foi expulso do Patriota. Além disso, a Câmara de
Vereadores de Caxias do Sul aceitou, por unanimidade a abertura do
processo de cassação do mandato de Fantinel. Ao todo, foram analisados 4
pedidos de cassação.
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