MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Na posse, o acampamento bolsonarista foi esvaziado, mas um pequeno grupo resiste

 



Os que ficaram aguardam ordens do Exército para então sair

Marcus Rodrigues
Metrópoles

Após quase três meses prometendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não subiria a rampa do Palácio do Planalto para tomar posse, o movimento de bolsonaristas no QG do Exército, em Brasília, perdeu força. Após o petista assumir oficialmente o mandato, o grupo acampado desanimou e muitos decidiram fazer as malas e voltar pra casa.

Na noite deste domingo (dia 1º), após grande desmobilização, sobraram alguns poucos extremistas, que prometem resistir “até que as Forças Armadas tomem o país”.

ESPERANÇA – Uma das lideranças do acampamento subiu no carro de som e mantinha o discurso que haverá uma reversão no cenário político que fará com que Lula deixe de ser presidente.

“Nós vamos ver qual será a aceitação do Brasil. Ainda não temos as consequências do que vai acontecer hoje, amanhã ou depois”, disse o militante bolsonarista.

A mensagem também foi direcionada aos desanimados que deixaram o Quartel General durante a posse de Lula. “Não vão para casa achando que foi em vão”, alertou. “Enquanto o Exército não pedir para sair, vamos permanecer”.

VONTADE DE DEUS – Mais cedo o Metrópoles mostrou que ao menos sete ônibus deixaram o local, além de carros particulares com malas e utensílios utilizados no decorrer do acampamento.

Os que optaram por permanecer nas redondezas do QG, defendiam posicionamentos diversos. Num carro de som, numa espécie de louvor religioso, o clima era de aceitação. “Temos de aceitar a vontade de Deus”.

Já a poucos metros dali, nas barracas, a inconformidade tomou conta. “A gente rezou de joelhos para isso? Deus tenha misericórdia”, exclamou um manifestante. “Quero saber para onde vou”, disse outro.

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