MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de maio de 2019

SÓ UM “SNIPER” PODERÁ ABATER MADURO E LIBERTAR O POVO VENEZUELANO


Após tanto tempo de desgaste,protestos, agressões ,tumultos e agitações , que já mataram muitos venezuelanos ,objetivando a destituição do  tirano local , Nicolás Maduro ,sucessor do outro tirano, Hugo Cháves, ficou mais que evidenciado  durante todo esse tempo  que as perspectivas de sucesso dessas mobilizações internas e internacionais,pelos métodos “tradicionais”, empregados desde o  começo até agora, tendem à frustração  total.
O povo venezuelano,apesar de “motivado”,porém totalmente desarmado e despreparado para essa “guerra” interna, jamais conseguiria  enfrentar em igualdade de condições as forças militares e policiais de Maduro ,excepcionalmente  bem alimentadas e treinadas,no meio de um povo que passa fome, bem como  armadas até aos “dentes”,  submetidas  ao ditador.
As pressões “diplomáticas” dos países que apoiam a derrubada de Maduro , incluindo  o Brasil  e, por conseguinte , a reinstalação da democracia na Venezuela , já se mostraram totalmente infrutíferas. Por isso o resultado dos esforços e  pressões diplomáticas  nesse desiderato somam igual a “zero”.
Nicolás Maduro não cede um só centímetro, incentivado  provavelmente pelas  “costas quentes” que têm com a Rússia e a China , os quais , mesmo no  período do meu enganoso socialismo “de juventude”, jamais  eu poderia imaginar que pudessem ser  tão  “FDP” como efetivamente  são , de modo a se omitirem e até apoiarem as  atrocidades a  que o tirano local submete  o seu povo .   Mas certamente essas duas potências mundiais  colocam osinteresses ideológicos e  comerciais que têm com a Venezuela bem acima das justas reivindicações do povo venezuelano.
Restaria a alternativa de uma eventual intervenção militar nesse país, pelo  grupo de nações que sentiu  as “dores” pelo  sofrido povo venezuelano, encabeçados pelos Estados Unidos. Mas essa eventual “intervenção” teria os mesmos efeitos de uma declaração de guerra,mesmo que informal, o que poderia esbarrar  em demoradas e complicadas demandas e articulações  políticas e jurídicas  internas em cada país envolvido. O certo é que não poderia ser “para já”. E a caótica situação venezuelana exige um “já”. O seu povo está sendo “trucidado” pela violência da ditadura local, e necessita de permanente  ajuda humanitária, inclusive remédios e comida, sob o olhar indiferente dos seus “parceiros” russos e chineses.
Resumidamente falando, a situação do vizinho pais é muito complicada para ser atacada pelos métodos “convencionais”,até agora empregados e imaginados.
Na verdade, não se deve atribuir valor de verdade absoluta ao lema segundo o qual “os fins justificam os meios”. Isso geralmente não é verdade, reforçando os abusos e arbitrariedades.Mas excepcionalmente  procedimentos que se enquadrem nessa categoria podem ser cogitados com legitimidade, recebendo suporte  moral e ético. Nenhuma “convenção” humana, ou mesmo lei, pode se sobrepor aos interesses maiores da humanidade ,ou  mesmo de qualquer  povo. É mais ou menos, e só para exemplificar, o sentido da regra que está escrita  na Constituição Brasileira: “todo o poder emana do povo...” (CF,art.1º,parágrafo único).
Por tudo que se observa portanto, o povo venezuelano não poderá contar com as alternativas  da sua libertação cogitadas e “trabalhadas”  até agora,nem com  a “sorte” de se livrar do seu tirano mediante causas  “naturais”, como o seu “passamento”,por causas naturais ou acidentais.  Seria necessário muita “sorte” desse povo para que isso acontecesse. E a vida, mais ainda de um povo inteiro, não pode depender só de  sorte. A sorte tem que ser “buscada”.
Tudo leva a crer, portanto, que algum herói anônimo e  voluntário, tipo “atirador de elite”,”franco-atirador”, ou “sniper”, daria conta perfeitamente desse “recado” , sem maiores  envolvimentos diplomáticos ou  políticos, desperdícios econômicos,  perda de mais  vidas humanas, ou de risco de guerra regional ou  generalizada ,envolvendo as Grandes Potências, sem contar o “baque” que seria para a economia do Brasil,já em situação de agonia ,por “herança” política, na sua condição de pais fronteiriço com a Venezuela,que de uma ou outra forma ,direta ou indiretamente,  também estaria envolvido nesse possível  conflito bélico.
Seria uma saída bastante  simples . Eprática ,para um problema tão complexo. Eaté  parece que não haveria grande dificuldade desse povo  ser “sorteado” com  algum bom atirador, herói  “sniper”,militar ou civil,preferentemente  de outras terras, por razões óbvias,formalmente sem subordinação a qualquer país, capaz de assumir ,mesmo que na clandestinidade , essa “empreitada” de salvar o povo venezuelano do seu algoz.
Esse nossopossível  “candidato” a herói  teria que ter uma  estrutura moral capaz  rechaçarde início  qualquer motivação  relacionada  a“mercenarismo”,ou seja, fazer do seu objetivo, do “abate” de Maduro, um negóciocom interesse financeiro,porque se assim fosse esse objetivo de  eliminação“humanitária” perderia totalmente qualquer legitimidade.
Mas os “métodos” mercenários e a desvinculação de complicados regulamentos ou hierarquias  “oficiais”,não poderiam ser descartados,na possível  ação desse “lobo solitário”. Seria uma vida “nociva” sacrificada, mas o seria pelo bem maior de um povo inteiro. Um “fim” justo que daria legitimidade ao “meio”  empregado ,em resumo.
Não ousamos   ir tão longe. Mas talvez a ação desse  imaginário  “libertador” do povo venezuelano pudesse  buscar a  sua  legitimidade a partir da  “doutrina metafísica” do UTILITARISMO PRAGMATISTA  ,pela qual “uma ideia corresponde ao conjunto dos seus desdobramentos práticos”.
Portanto essa “doutrina metafísica” de certo modo poderia  daralgum  amparo filosófico à frase “os fins justificam os meios”, erradamente  atribuída  ao filósofo  Nicolau Maquiavel , na sua imortal obra “O Príncipe”.
E bem longe da pretensão de fazer um estudo mais profundo sobre a “´´ética da morte”  ,na verdade as regras morais e éticas incidentes sobre o direito de matar  mudam radicalmente durante as guerras. E a Venezuela de fato está em estado de guerra, apesar de não ter preenchido ainda os requisitos formais exigidos pelo direito internacional para que se configure esse tipo de situação.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo

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