MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Justiça Eleitoral copia Lava Jato para apurar casos de corrupção

POLITICA LIVRE
A Justiça Eleitoral decidiu seguir o modelo da Lava Jato e passou a criar zonas especializadas pelo país para dar conta de recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Segundo o STF, crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, quando investigados junto com caixa dois, devem ser processados no braço eleitoral da Justiça, e não no Federal. Trata-se de uma reação ao argumento de ministros e procuradores de que a Justiça Eleitoral poderia ser usada para frear investigações da Lava Jato devido à falta de estrutura e de expertise para lidar com apurações sobre lavagem de dinheiro. Essas novas medidas incluem ainda cursos de capacitação de servidores e juízes eleitorais sobre esses temas, que normalmente não eram abordados nos TREs (Tribunal Regional Eleitoral), que têm entre suas atribuições organizar as eleições. Os TREs do Rio Grande do Sul e da Bahia, por exemplo, já determinaram que casos de corrupção com elos com crimes eleitorais sejam enviados para apenas duas zonas eleitorais dos estados, independentemente do local de onde aconteceram os fatos. Com isso, os casos de suspeitas de corrupção cairiam sempre com os mesmos juízes, criando uma afinidade com o tema que poderia acelerar o andamento dos casos. É uma inovação no histórico da Justiça Eleitoral, onde o local de domicílio do alvo determina a área na qual os fatos são apurados. Esse formato de especialização repete o adotado na Lava Jato, onde a 13ª Vara Federal de Curitiba é especializada em crimes financeiros, e o titular se dedica apenas a casos ligados à Lava Jato, o que tende a dinamizar suas medidas. No Rio, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, também ganhou notoriedade ao concentrar casos conexos da operação, como os do ex-governador Sérgio Cabral. A Justiça Eleitoral do Rio e a do Paraná, os dois principais estados da Lava Jato, já manifestaram interesse por essa alternativa, mas o comando dos respectivos TREs decidiram aguardar a discussão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para regulamentar a decisão. Uma audiência pública no tribunal em Brasília acontecerá nesta sexta (3) e deve debater o assunto.
Folhapress

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