Todas as operações da companhia aérea foram completamente suspensas na última sexta (24); mercado aéreo brasileiro foi aberto ao capital estrangeiro para tentar minimizar os impactos
Rayllanna Lima
A falência da Avianca, companhia aérea que está em recuperação judicial desde dezembro 2018, deve gerar impacto negativo de 10% na economia baiana de maio deste ano, na comparação com igual mês de 2018. Às vésperas da Copa América (14 de junho a 7 de julho), o aumento expressivo no preço das passagens aéreas preocupa o trade turístico, que já registra baixa ocupação hoteleira desde a Semana Santa.
“A Avianca deu um baque de pelo menos 10% no mercado, com esses preços estratosféricos. Acredito que vai dar 10% a menos [a ocupação hoteleira em Salvador] em maio desse ano, do que no ano passado. Com a saída da Avianca do mercado, ficaram somente três companhias aéreas [Azul, Gol e Latam], e elas, infelizmente, são um oligopólio. Para o turismo, enquanto não entrar novos players, novas companhias, os preços continuarão muito altos”, disse ao bahia.ba o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), Silvio Pessoa.
A expectativa do setor agora é que, com a aprovação Senado para Medida Provisória 863/2018, que abre o mercado aéreo para capital estrangeiro, outras empresas possam operar no Brasil, aumentando a concorrência e, consequentemente, diminuindo o valor das passagens.
“O país é muito grande, e ser dominado por três [companhias aéreas] é muito ruim. A gente espera que as empresas de baixo custo, as chamadas low cost, entrem logo, como a própria Globalia [grupo da Air Europa], que já abriu sede em São Paulo para começar a operar aqui também”, afirmou.
Para a Copa América, o momento ainda é de cautela. “No futebol, a gente sabe que os ingressos já estão vendidos. Mas espera que os outros setores, no que rege o turismo, também tenham uma boa ocupação e boas vendas”, desejou Silvio Pessoa.
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