JORNAL A REGIÃO
No Ceará, o grupo criminoso Comando Vermelho, que controla os presídios, e a facção Guardiões do Estado (GDE), passaram a coagir o líder local do Movimento Brasil Líder (MBL), Pedro Arthur (na foto com o celular), para que ele pare de denunciar a leniência do governador Elmano de Freitas (PT) com o MST.
A facção criminosa Movimento Sem Terra (MST) tem infernizado a vida de comunidades carentes com as invasões. “Não estou querendo supor nem inferir nada. Apenas acho muito estranho que uma facção criminosa se importe tanto assim com a honra de um governador”, disse o jovem ao Diário do Poder.
Após perguntar ao governador do PT porque o governo federal, também petista, cortou verbas de enfrentamento das facções, Pedro Arthur diz que foi agredido pela segurança de Elmano. Em seguida, uma mulher de sua equipe recebeu uma ligação do GDE e foi ameaçada de ser retirada de casa com os filhos.
“Ela mora em um território que é dominado por uma facção, como a maioria dos bairros aqui do Ceará”, explicou Pedro Arthur. O segundo caso de ameaça ocorreu diretamente a um jornalista que repercutiu denúncias feitas por Pedro Arthur, “forçando-o a apagar um vídeo relacionado a mim”.
Pedro Arthur diz que tomou todas as providencias para garantir sua segurança e de sua equipe, mas não deu detalhes dos procedimentos instaurados. “Só quem já foi perseguido por esses grupos sabe o que é o medo de ser encontrado por qualquer deslize”, acrescentou.
Perguntado sobre a infiltração das organizações criminosas na política, Arthur afirmou que “isso ocorre de diversas formas aqui no Nordeste. As facções se preocupam em eleger aqueles que lhes são favoráveis, seja através da compra de votos ou através do medo puro e simples”.
Ainda segundo o membro do MBL no Ceará, a influência das facções “também pode ser sentida por algumas das lideranças comunitárias presentes em territórios dominados por eles De acordo com Pedro Arthur, nesses territórios "o que vale é a lei do crime”.
“Eles estão presentes desde o processo eleitoral, onde indicam políticos, têm relações com a compra de votos, definem durante a campanha quem pode ou não fazer campanha em determinado bairro”, diz. “O crime organizado no Brasil já faz parte das entranhas da política e da vida do cidadão".
"O Nordeste está vivendo uma situação de calamidade”, completa. Ele chama a atenção para a relação entre as facções e a eleição de governos do PT em determinados locais. “O atual governo, que curiosamente foi o mais votado em territórios das facções, vota em projetos que diminuem as penas dos criminosos”.
“O Ministro da Justiça, que hoje é do STF, recebeu de portas abertas a dama do tráfico, uma líder do CV, com os braços abertos na casa da justiça brasileira”. Sobre a segurança no Ceará, ele cobrou.
“Quando o governador não dobra a aposta com relação às facções, não toma as medidas ativas para combater o seu crescimento e a sua atuação, as facções tem um caminho praticamente livre para crescer e se multiplicar no nosso estado”. Com Diário do Poder
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