Pedro do Coutto
Em uma entrevista a Eliane Cantanhede, no Estado de São Paulo de sábado, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo começou tarde o combate ao desmatamento na Amazônia e que, com essa omissão, perderá 12 bilhões de dólares, quantia a ser investida no Brasil por empresas nacionais e estrangeiras e também por órgãos que lutam pela preservação do meio ambiente, não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
Mourão, encarregado de supervisionar o combate ao problema, mostra-se preocupado com os reflexos e consequências da omissão. Pergunto eu: qual poderá ser a reação do Ministro Ricardo Salles diante da revelação do vice-presidente da República?
FALTA DE RECURSOS – De outro lado Mourão revelou-se surpreso com a falta de recursos para a Operação Verde Brasil, que, aliás, há dois meses não recebe repasse do Fundo da Amazônia, embora as aplicações nesse Fundo estejam previstas no orçamento federal da União para este ano. Acrescento: e o orçamento federal eleva-se a 3,6 trilhões de reais, praticamente a metade do PIB.
Mourão afirmou a Eliane Cantanhede que a operação de combate frontal ao desmatamento começou tarde demais e assim acumulou a escassez de recursos em dois anos. O vento levou, digo eu, e agora Mourão tem de partir em busca do tempo perdido. Uma das preocupações dos investidores estrangeiros refere-se a questão dos índios na Amazônia.
PREJUÍZO ÀS EMPRESAS – Uma reportagem de Fernanda Perrin, Folha de São Paulo de hoje, sustenta que o desambientalismo da política do governo prejudica também as empresas brasileiras em larga escala, principalmente pelo fato de que grandes exportadores estão sofrendo resistência em vários países preocupados com o aquecimento global.
O tema é também objeto de matéria de Henrique Gomes Batista e João Sorima Neto, O Globo. No mesmo jornal, Geralda Doca, revela que o governo Bolsonaro estuda autorizar o resgate parcial de recursos acumulados pelos Fundos de Pensão das empresas estatais.
UM GRAVE ERRO – Na minha opinião trata-se de um grande erro, e a ideia, claro, está colocada pelo Ministério da Economia. Acontece que os Fundos de Pensão voltados para complementação de aposentadorias possuem a enorme maioria dos recursos aplicados no mercado de capitais e portanto difíceis de resgatar para garantir a liquidez financeira dos saques. É o caso da Previ do Banco do Brasil, e do Real Grandeza, de Furnas. Esta questão merece ser objeto de profunda apreciação.
A Previ e o Real Grandeza estão superavitários, enquanto a Petros, da Petrobrás e o Funcef, da Caixa Econômica Federal, encontram-se em fase de recuperação de seus prejuízos.
EM RENDA FIXA – De modo geral, em 2019 por exemplo, eles movimentaram 124 bilhões de reais no mercado. Entretanto no caso da Previ e do Real Grandeza, cerca de 80% de seus patrimônios encontram-se em aplicações de renda fixa, cujo saque reduziria substancialmente o valor dos investimentos.
É preciso considerar também que a Previ e o Real Grandeza aplicaram fortemente em notas do Tesouro Nacional remuneradas com base na Selic.
Assim a rentabilidade anual está hoje em 2,25%. Se a inflação bater 3% o prejuízo real terá sido de 0,75%.
Em uma entrevista a Eliane Cantanhede, no Estado de São Paulo de sábado, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo começou tarde o combate ao desmatamento na Amazônia e que, com essa omissão, perderá 12 bilhões de dólares, quantia a ser investida no Brasil por empresas nacionais e estrangeiras e também por órgãos que lutam pela preservação do meio ambiente, não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
Mourão, encarregado de supervisionar o combate ao problema, mostra-se preocupado com os reflexos e consequências da omissão. Pergunto eu: qual poderá ser a reação do Ministro Ricardo Salles diante da revelação do vice-presidente da República?
FALTA DE RECURSOS – De outro lado Mourão revelou-se surpreso com a falta de recursos para a Operação Verde Brasil, que, aliás, há dois meses não recebe repasse do Fundo da Amazônia, embora as aplicações nesse Fundo estejam previstas no orçamento federal da União para este ano. Acrescento: e o orçamento federal eleva-se a 3,6 trilhões de reais, praticamente a metade do PIB.
Mourão afirmou a Eliane Cantanhede que a operação de combate frontal ao desmatamento começou tarde demais e assim acumulou a escassez de recursos em dois anos. O vento levou, digo eu, e agora Mourão tem de partir em busca do tempo perdido. Uma das preocupações dos investidores estrangeiros refere-se a questão dos índios na Amazônia.
PREJUÍZO ÀS EMPRESAS – Uma reportagem de Fernanda Perrin, Folha de São Paulo de hoje, sustenta que o desambientalismo da política do governo prejudica também as empresas brasileiras em larga escala, principalmente pelo fato de que grandes exportadores estão sofrendo resistência em vários países preocupados com o aquecimento global.
O tema é também objeto de matéria de Henrique Gomes Batista e João Sorima Neto, O Globo. No mesmo jornal, Geralda Doca, revela que o governo Bolsonaro estuda autorizar o resgate parcial de recursos acumulados pelos Fundos de Pensão das empresas estatais.
UM GRAVE ERRO – Na minha opinião trata-se de um grande erro, e a ideia, claro, está colocada pelo Ministério da Economia. Acontece que os Fundos de Pensão voltados para complementação de aposentadorias possuem a enorme maioria dos recursos aplicados no mercado de capitais e portanto difíceis de resgatar para garantir a liquidez financeira dos saques. É o caso da Previ do Banco do Brasil, e do Real Grandeza, de Furnas. Esta questão merece ser objeto de profunda apreciação.
A Previ e o Real Grandeza estão superavitários, enquanto a Petros, da Petrobrás e o Funcef, da Caixa Econômica Federal, encontram-se em fase de recuperação de seus prejuízos.
EM RENDA FIXA – De modo geral, em 2019 por exemplo, eles movimentaram 124 bilhões de reais no mercado. Entretanto no caso da Previ e do Real Grandeza, cerca de 80% de seus patrimônios encontram-se em aplicações de renda fixa, cujo saque reduziria substancialmente o valor dos investimentos.
É preciso considerar também que a Previ e o Real Grandeza aplicaram fortemente em notas do Tesouro Nacional remuneradas com base na Selic.
Assim a rentabilidade anual está hoje em 2,25%. Se a inflação bater 3% o prejuízo real terá sido de 0,75%.
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