São 44 haitianos que ficaram no Acre por dois meses.
Eles vão trabalhar em hospital universitário de Cascavel, no oeste do estado.
português no Acre e está feliz com a nova
oportunidade (Foto: Divulgação/ FAG)
“Nós estamos felizes. Aqui é muito bom, a cidade é muito grande e se paga bem” disse Saint Vil Jean, de 26 anos. Ele conta que no período em que ficaram no Acre, o governo brasileiro os ajudou pagando estadia em um hotel de Rio Branco e três refeições diárias.
“Nós chegamos ilegalmente, mas agora está tudo certo temos CPF e Carteira de Trabalho”, contou entusiasmo o jovem haitiano. Saint disse que ele não tem parentes no Haiti, mas que muitos amigos possuem e, se tudo der certo no Paraná, pretendem buscá-los.
Dois anos depois do terremoto, que matou 250 mil pessoas, o Haiti entrou em uma crise humanitária e os problemas econômicos pioraram. A solução encontrada por muitos moradores foi abandonar o país e vir para Brasil em busca de emprego e melhor condição de vida.
“A situação é muito difícil. Depois do terremoto, o país está destruído e não tem trabalho”, explicou Saint Vil Jean. Ele contou que perdeu uma tia e dois primos na tragédia.
Homens, mulheres e crianças deixaram o Haiti pela República Dominicana, passando por Equador, Panamá e Peru. Em terras brasileiras, eles costumam entrar pelo Acre. Estima-se que quatro mil refugiados haitianos estejam no país.
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Em entrevista ao G1, o diretor presidente da FAG, Assis Gurgacz, afirmou que a falta de mão-de-obra em Cascavel motivou a contratação dos haitianos, mas também destacou que esta poderia ser uma chance da faculdade ajudar os imigrantes.“Tem um cunho social. Nós vamos, além de prepará-los para o trabalho da área civil e também em outras áreas, nós vamos fazer esta adaptação cultural, como a familiarização com a Língua Portuguesa”, afirmou Gurgacz.
A princípio os cursos serão voltados para contrução civil, mas existe o projeto de ampliar as opções, já que outras áreas da faculdade, segundo o siretor-presidente, estão carentes de profissioanis.
A falta de mão de obra é tão significativa que se esta primeira experiência com os haitianos for bem sucedida, a faculdade cogita contratar mais 40 imigrantes. De acordo com Gurgacz, o déficit na área de construção civil para as obras da instituição chega a 160 profissionais.
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