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O Governo Federal optou por continuar com o uso de usinas termelétricas para garantir a segurança do suprimento de energia elétrica no país. A decisão foi tomada por conta da alta carga de consumo de energia em relação à baixa geração de usinas eólicas. No ano passado, a Abrasel enviou um ofício ao Governo, solicitando revisão da decisão.
Segundo o serviço Broadcast, a decisão surgiu após estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que apontou a necessidade de adoção da medida em virtude da seca na região Norte do país e o aumento da demanda de consumo de energia elétrica em horários específicos, como entre o fim da tarde e início da noite. Além da manutenção do uso das usinas termelétricas, outros recursos também estão sendo utilizados, como a importação de energia da Argentina.
No ano passado, a Abrasel enviou um ofício ao presidente da República e ao ministro do Turismo pedindo que o governo revisse a decisão que revogou o horário de verão. O documento, que foi encaminhado pela Presidência ao ministério de Minas e Energia, citava, dentre outros tópicos, os benefícios que a medida traria para o setor (com expectativa de aumento em até 15% para os bares e restaurantes, em virtude do atraso nos relógios).
“Além da questão econômica e social, mais uma vez a retomada do horário de verão se mostrou como uma alternativa a ser considerada no processo de garantir o abastecimento elétrico no país. O ministro de Minas e Energia já sinalizou que compreendeu a importância da medida para o turismo e a economia como um todo e deve levar a solicitação às áreas competentes da pasta. Nossa esperança é que este fato recente sensibilize ainda mais a pasta para se atentar à esta questão”, pontua Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
No fim de 2022, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma enquete em uma rede social questionando sobre a volta do horário de verão. Na ocasião, 66,2% dos votantes se mostraram favoráveis, enquanto 33,8% disseram ser contra. 2,3 milhões de pessoas participaram da votação informal.
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