MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Europa: produção pode cair 40% sem gás russo

 

NOTICIAS AUTOMOTIVAS

A Guerra na Ucrânia parece não ter data para acabar, mas o que realmente vai durar mais que o conflito será o embargo europeu e americano à Rússia, envolvendo também o fornecimento de gás.

Com o inverno se aproximando, o continente europeu sofrerá alta de preços do gás e os custos, não só para calefação das casas, mas também para a indústria, ficarão mais altos e o racionamento não será nada surpreendente.

O impacto no setor automotivo será enorme e, segundo a S&P Global Mobility, a indústria europeia perderá milhões de carros com a falta de gás russo.

Isso também será reforçado pela escassez de peças e componentes eletrônicos, o que deve impactar ainda mais na produção do continente

Edwin Pope, analista da S&P Global Mobility, disse: “A pressão sobre a cadeia de suprimentos automotiva será intensa, especialmente quanto mais se mover a montante da fabricação de veículos”.

Ele chegou a mencionar que as exportações poderão ser paralisadas com o bloqueio de fábricas por conta disso.

Ainda que os governos da União Europeia estejam sustentando o setor energético com alternativas financeiras, acredita-se que não serão suficientes para manter nem a indústria automotiva, que dirá toda a indústria europeia.

A estimativa é que o setor produz de 4 milhões a 4,5 milhões de veículos por trimestre, porém, com a crise, deverão sair 2,8 milhões apenas.

Num ano, a perda pode ficar entre 4,8 milhões e 6,8 milhões de veículos, o que é muita coisa para apenas a Europa, lembrando que a escassez de chips levou à perda de mais de 7 milhões de carros em todo o mundo.

A consultoria analisou 11 países produtores de veículos na Europa e destes, os que estão em melhor condição de suportar a crise são Alemanha e a República Tcheca.

Já Espanha, Itália e Bélgica são os países que correm maior risco. Estranhamente à pesquisa, a VW teria movido da Alemanha parte da produção exatamente para Espanha e Bélgica.

No caso da Dacia, o impacto na Romênia pode ser alto, mas Marrocos e Argélia podem sustentar a marca. Aliás, o Magreb pode ser a alternativa para muitos fabricantes do continente europeu.

Recentemente, a Stellantis confirmou em Milão que a Fiat irá se instalar na Argélia, onde VW e Renault já estão presentes. Produção local, mas a francesa no Marrocos, também começou assim…

[Fonte: Auto News Europe]

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