O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que seu adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula (PT), vai "voltar para a cadeia"
Por Iander Porcella
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que seu adversário na
disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), vai "voltar para a cadeia". Durante discurso em Recife (PE),
o chefe do Executivo também disse que defende o livre comércio,
enquanto o petista prefere um "Estado opressor". No segundo turno, a
campanha de Bolsonaro aposta no aumento da rejeição de Lula ao
vinculá-lo a escândalos de corrupção nos governos do PT.
"Lula,
ladrão, seu lugar é na prisão", gritavam apoiadores do presidente que
ouviam seu discurso na capital pernambucana. Bolsonaro, então,
concordou. "É verdade. Vocês viram nas urnas como foi o voto do ladrão.
Se dependesse do voto apenas dos prisioneiros no Brasil, ele teria ganho
disparado no primeiro turno. Ele vai voltar para a cadeia, sim. Lugar
de ladrão é na cadeia", declarou o chefe do Executivo.
Nesta terça-feira, 11, a campanha de Bolsonaro levou ao ar no horário eleitoral gratuito na TV uma propaganda em que afirma que o petista foi o mais votado nos presídios do País. O tema também foi abordado em inserções ao longo daquele dia na programação televisiva. "Os criminosos escolheram Lula para presidente. Lula e os partidos de esquerda que o apoiam defendem a saidinha de traficantes, agressores de mulheres e assassinos dos presídios. É a vida da sua família em risco", dizia um trecho do programa.
Após levar ao ar peças de marketing que exaltavam a eleição de bolsonaristas para o Congresso e tinham foco em atrair o eleitor do Nordeste, a campanha do presidente também resgatou nesta terça-feira a imagem de antigos aliados do petista, como José Dirceu, Antonio Palocci e José Genoino, que foram presos, para tentar aumentar a rejeição do candidato do PT.
"Teve a sua chance de mostrar para o Brasil e para o mundo como seria administrar um País sem corrupção, optou pelo caminho errado. Não vai ganhar no dia 30 de outubro", disse Bolsonaro ontem. "Vocês sabem, no próximo dia 30, temos um encontro com as urnas. De um lado, um presidente que é pelo livre mercado. Do outro lado, um presidente que é pelo Estado opressor, forte, corrupto", emendou.
Ao longo da campanha eleitoral, Bolsonaro subiu o tom contra seu principal adversário diversas vezes. Em 22 de setembro, ainda no primeiro turno, disse em Belém (PA) que Lula "continuará no lixo da história". Seis dias antes, em Londrina (PR), o presidente havia associado o PT ao "mal", à "corrupção" e a "tudo que não presta". Em 9 de setembro, em Araguatins (TO), disse que iria "varrer" o PT para o "lixo da história" se fosse reeleito.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que os eleitores não precisam "acreditar em promessa de picanha", em referência a uma frase usada com frequência por seu adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O preço da carne está caindo", disse o chefe do Executivo, em Recife (PE). A inflação de alimentos é uma das principais preocupações da campanha de Bolsonaro, que atribui parte da dificuldade do presidente de conquistar votos entre a população de baixa renda aos preços nos supermercados.
Fonte: Agência Estado
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