O Japão está sendo palco para uma das grandes evoluções do universo ferroviário, que é ter um trem movido a hidrogênio.
A principal empresa ferroviária do Japão, a East Japan Railway, irá começar os primeiros testes no trem que é movido a hidrogênio, com o objetivo de:
Reduzir a poluição no meio ambiente;
Tornar mais segura a viagem dos passageiros;
Apresentar uma tecnologia nova ao mundo;
Promover um novo fluxo de movimentação no país.
Para falar a verdade, esses testes possuem um significado muito grande para o país, afinal, é o primeiro passo a ser dado em direção a uma das metas do Japão, que é se tornar neutro em carbono até o ano de 2050.
A grande empresa ferroviária desenvolveu o trem com uma grande parceira, que é a Toyota Motor Corporation, seguido com uma outra empresa chamada Hitachi.
O planejamento para esse projeto envolve usá-los para substituir sua frota a diesel e buscar mercados de exportação. No geral, essa busca por novas formas de contribuir com o meio ambiente, felizmente, está sendo reforçada cada vez mais, principalmente pelas empresas.
O mesmo vem sendo aplicado pelas pessoas comuns, que por sua vez, estão optando, por exemplo, por comprar acessorios hidrojato, justamente para favorecer a sustentabilidade.
A expectativa no Japão é que esses serviços comerciais comecem até o ano de 2030, de modo em que a economia do país comece a melhorar.
Como é o funcionamento?
Conhecido como Hybari, o trem funciona com células de combustível de hidrogênio e baterias.
O processo que o projeto possa realmente funcionar está passando por várias etapas, que no caso, é semelhante a uma instalação de banheira com hidro, ou qualquer outro tipo de instalação.
Trata-se de vários processos que precisam ser colocados em prática para que, só futuramente, ele possa ser inserido no lugar dos trens convencionais.
O sistema de funcionamento é baseado na transmissão de hidrogênio, que é fornecido de tanques a um sistema de cédulas de combustível. Nesse processo, ocorre uma reação química com o oxigênio do ar que, em um certo momento, é capaz de gerar eletricidade.
Por sua vez, as baterias armazenam a energia gerada quando o maquinista aciona os freios. O projeto ambicioso do Japão faz com que o hidrogênio seja uma fonte limpa para atingir o zero líquido.
Em meio a tantos testes que são feitos para assegurar a eficiência do trem, é usado vários tipos de equipamentos, incluindo bomba de teste hidrostático manual, justamente para fazer testes hidráulicos.
A grande montadora de veículos, Toyota, pretende aumentar em 10 vezes a produção de carros Mirai, que são movidos a hidrogênio.
Com os seus modelos de segunda geração, a montadora já lida com ônibus que possuem suporte para funcionar à base de cédulas de combustível.
De acordo com os pesquisadores e estudiosos, os trens que são movidos unicamente por baterias, possuem, consequentemente, alcances mais curtos. Portanto, foi analisado o hidrogênio, que inclusive, já era comercializado para alguns automóveis.
Curiosamente, o trem possui apenas dois vagões, e seu nome “Hibari” é uma combinação de “híbrido” e a palavra japonesa para “cotovia”.
Na prática, a sua construção está passando por várias etapas de desenvolvimento, que por sua vez, deve ser acompanhada por profissionais capacitados, da mesma forma que acontece quando solicitamos uma assistência técnica de aquecedor de água a gás.
Esse projeto custou cerca de US $35 milhões para que, finalmente, pudesse ser construído e pode viajar com até 140 quilômetros a uma velocidade máxima de 100 quilômetros por hora com um único enchimento de hidrogênio.
Devido ao grande sucesso que o projeto vem tendo, o governo pretende aumentar o uso de hidrogênio para 20 milhões de toneladas até o ano de 2050.
Conforme o projeto for colocado em prática, a expectativa é que todas as formas de preservar um bem, incluindo produtos para tratamento de água, sejam mais sofisticadas de maneira que contribua com a preservação do planeta e para o bem dos próprios humanos.
Por outro lado, há empresas como a Iwatani e Kawasaki Heavy Industries que estão investindo em construir cadeias de fornecimento de hidrogênio para que os preços possam ser reduzidos.
Quando se é comparado com outros meios de locomoção, como os caminhões, a ferrovia não é uma grande fonte de poluição.
Todavia, a luta para preservar a sustentabilidade do planeta é uma luta constante, semelhante a um processo de outorga para uso de poço artesiano, onde é necessário analisar profundamente as consequências das ações, para conseguir prolongar a vida útil da terra.
No caso, os trens representam apenas 4% das emissões que são emitidas pelos setores de transporte do país. Deste modo, podemos concluir que os avanços feitos nos trens para diminuir a poluição, será apenas um pontapé inicial para melhorar a qualidade da terra.
Em contrapartida, a JR East, assim como outras empresas perceberam que seria necessário uma outorga de uso de água subterrânea. Ou seja, ações extremas às vezes precisam ser tomadas para assegurar qualquer tipo de bem empresarial.
Ainda na parte da sua infraestrutura, vale a pena dizer que os trens movidos a hidrogênio não requerem linhas aéreas ou subestações.
Quando foi constatado a eficiência energética por meio dos testes realizados pela JR East, a mesma já possui planos de substituir os trens a diesel, principalmente nas áreas rurais.
A ambição da empresa vai mais além, com a possibilidade de exportar essa nova invenção para os mercados internacionais.
O fato é que os custos operacionais são o fator problemático no processo de comercialização, mesmo sendo composto por menos equipamentos.
Por mais que a proposta seja revolucionária, especialistas que trabalham em empresas de perfuração terrestre e áreas relacionadas, vêem a ideia com custos ainda superiores aos dos trens convencionais.
O grupo JR East tem uma missão até 2050, que é a emissão zero de dióxido de carbono. No caso, a empresa irá introduzir um sistema interno de precificação de carbono no ano fiscal de 2022, calculando os efeitos das reduções de CO2 ao tomar as devidas decisões de investimento.
Alemanha também entra nos testes
O Japão não é o único país que vem desenvolvendo projetos para ter trens movidos a hidrogênio. Na Alemanha, o modelo já vem sendo criado por uma operadora ferroviária com o objetivo de eliminar o consumo de diesel e diminuir as emissões de dióxido de carbono no planeta.
Diante de um comunicado oficial, o conglomerado industrial alemão, conhecido por Siemens, junto com a operadora ferroviária Deutsche Bahn, anunciaram planos sobre como serão realizados os testes de um modelo de trem movido a hidrogênio em até 2024.
Inicialmente, o meio de transporte tem a capacidade de percorrer 600 quilômetros sem interrupções, e ainda tem o objetivo de diminuir as emissões de dióxido de carbono.
De acordo com as empresas que estão envolvidas nesse projeto, os testes irão ocorrer durante um ano.
Nas primeiras etapas, o trem utilizará apenas dois vagões, e irá percorrer uma velocidade máxima de 160 km/h. Conforme foi anunciado, o modelo tem a capacidade de ser reabastecido em um período de no máximo 15 minutos. Esse tempo, inclusive, é similar ao que vemos nos modelos tradicionais.
Atualmente, o hidrogênio vem sendo considerado uma fonte de combustível promissora para o futuro das redes ferroviárias de todo o mundo.
Além de ter a grande vantagem de ser menos danosa para o planeta em que vivemos, esse modelo de combustível ainda possui a capacidade de manter o mesmo nível de rendimento do que as convencionais.
Mobilidade sustentável
A rota do período de experimentação já foi traçada, no caso, o trem irá percorrer uma rota por três cidades do estado de Baden - Wurttemberg, no sudoeste da Alemanha.
Caso o projeto tenha sucesso, o mesmo será utilizado no lugar das unidades que são movidas a diesel, causando uma redução de 330 milhões de toneladas nas emissões de CO2.
De acordo com o que foi explicado no site da Siemens, o Mireo Plus (nome do trem), é um veículo programado para ser silencioso e limpo, combinando uma mecânica com tração confiável e sustentável, mirando o conforto dos passageiros e uma boa relação de custo-benefício para os passageiros.
Além disso, o projeto pretende instaurar um modelo de transporte na Europa com taxas de emissão de CO2 zeradas.
Segundo o que foi dito pelo CEO da Siemens Mobility, Michael Peter, as unidades de hidrogênio são uma forma de avançada de propulsão livre de emissões, o que ajudará o planeta em vários fatores ambientais, incluindo é claro, descarbonizar o transporte ferroviário, o que naturalmente, é uma contribuição muito grande para atingir as metas.
Na Alemanha, a Deutsche Bahn é uma operadora ferroviária que trabalha inteiramente com veículos movidos a diesel. No país, são cerca de 1,3 mil trens que estão operando nas regiões, e cerca de 40% da sua rede ferroviária, que percorre 33 mil quilômetros, não foi eletrificada.
De acordo com a posição da empresa, o objetivo é eliminar o uso desse modelo de trem até o ano de 2050.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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