No
Brasil, cerca de 4,7% da população sofre de alguma forma de transtorno
alimentar, e entre os adolescentes a taxa chega a 10%, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). Para adolescentes do sexo feminino
com diabetes, além disso, há de 2 a 3 vezes mais chance de desenvolver
transtorno alimentar do que para as que não são portadoras – o mais
frequente é a diabulimia: omissão (ocasional ou sistemática) da dose de
insulina com o objetivo de perder peso.
Para
despertar a conscientização sobre os tipos de transtornos alimentares, o
Dia Mundial de Ação Contra os Transtornos Alimentares é celebrado em 2
de junho. Transtornos alimentares são condições tratáveis, mas que podem
afetar qualquer pessoa. Nesse quesito, assemelha-se ao diabetes, que a
comete qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, raça ou
condição social.
Segundo
a SBD, a associação entre as duas condições pode ser detectada por
sinais como: hemoglobina glicada (média dos níveis de glicose no sangue
nos três meses anteriores) em alta sustentada (acima de 9%, por
exemplo); hipoglicemias que necessitem de cuidado imediato; preocupação
constante com peso e imagem corporal; necessidade de mudança constante
no plano alimentar; humor deprimido; e deixar de monitorar glicemias
capilares e de aplicar insulina.
Segundo
dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, de
2021, há cerca de 9% da população brasileira acima de 18 anos convivendo
com o diabetes.
“Tanto
os familiares como os profissionais de saúde que participam do
tratamento, sobretudo de adolescentes e jovens com diabetes, devem ser
capacitados para suspeitarem e diagnosticarem de forma precoce a
presença de um transtorno alimentar”, explica Claudia Pieper,
coordenadora do Departamento de Psiquiatria, Psicologia e Transtornos
Alimentares da SBD.
Segundo
artigo publicado no periódico especializado International Journal of
Eating Disorders, a pandemia fez com que as internações por transtorno
alimentar crescessem 48% no mundo. Os pesquisadores afirmam que também
foi detectado um aumento nos sintomas de transtorno alimentar, como
ansiedade, depressão e alterações no IMC (Índice de Massa Corporal).
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