A Renault oficializou nesta segunda (16) a saída da Rússia, onde mantinha duas operações, sendo uma própria e outra como controladora da AvtoVAZ.
Com a Guerra da Ucrânia em curso e também com ela as sanções contra o país oriental, a Renault confirmou o que a mídia russa já dizia. A montadora francesa cedeu 100% das ações da Renault Group para a cidade de Moscou.
Nesse caso, trata-se da operação existente na capital russa, onde a Renault produzia seus próprios carros, entre eles o Arkana e o Kaptur (com “K” mesmo). Também fazia os modelos Logan, Sandero e Stepway, além do Duster.
Além disso, a Renault cedeu seus 67,69% de controle sobre a montadora AvtoVAZ, produtora dos carros da marca Lada. A transferência foi feita para o NAMI, que é o Instituto Central de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis e Motores.
Luca de Meo, CEO do Renault Group, disse: “Hoje, chegamos a uma deliberação difícil, mas necessária. Estamos tomando uma decisão responsável em relação aos nossos 45 mil funcionários na Rússia, ao mesmo tempo em que protegemos a performance do Grupo e nossa capacidade de voltar ao país no futuro, em um contexto diferente. Tenho confiança na capacidade do Renault Group de acelerar ainda mais sua transformação e superar seus objetivos de médio prazo”.
O valor das operações da Renault na Rússia são de 2,195 bilhões de euros, que serão retirados do balanço fiscal da montadora no primeiro semestre de 2022.
Assim, a Renault perde sua importante participação e liderança no mercado russo, antecipando o que irá ocorrer com as demais montadoras que ainda mantêm seus ativos naquele país.
Impedidos de importar peças e componentes, assim como de manter negócios no país, os fabricantes de veículos europeus terão grande prejuízo com a nacionalização de seus ativos na Rússia.
Ainda não se sabe se no futuro a Renault conseguirá reaver tais operações, mas pelo andar da carruagem…
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