MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Motoboy aguarda há um mês por cirurgia pelo SUS em Estrela, RS


Procedimento já foi marcado três vezes, mas todos foram cancelados.
Médico atestou que tempo de espera já provocou calcificação no osso.

Do G1 RS

Um motoboy vive um drama há um mês em Estrela, no Vale do Taquari. Este é o período que João Emílio da Silva Miscolin aguarda por uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. O procedimento na perna fraturada é de alta complexidade, e já foi marcado e cancelado três vezes, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo).
Ao ser encaminhado para um hospital de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta última semana, o motoboy descobriu que outro problema ocorreu na perna. De acordo com o médico que examinou João Emílio, o tempo de espera provocou uma calcificação do osso. Em razão disso, a cirurgia foi cancelada.
"Aqui no hospital de Estrela não foi feita a cirurgia. O SUS não liberou por não haver condições. Ele (médico) disse simplesmente 'não, essa cirurgia não tenho como fazer, não vou me responsabilizar'", contou o motoboy.
João Emílio tem a perna direita imobilizada e está em uma cadeira de rodas (Foto: Reprodução/RBS TV)João Emílio tem a perna direita imobilizada e está em uma
cadeira de rodas (Foto: Reprodução/RBS TV)
O primeiro atendimento foi realizado no Hospital de Saúde de Estrela. Porém, a instituição não realizava a cirurgia, em função da alta complexidade. Fora do SUS, o procedimento custa R$ 27 mil, dinheiro que a família diz não ter para pagar.
A Central de Regulação de Consultas do Estado informou que providencia para esta terça-feira (30) a internação de João Emílio em um hospital que possa realizar a cirurgia. Enquanto aguarda a confirmação, os remédios aliviam as dores, e ele segue em uma cadeira de rodas.
Somente em Estrela, 24 pessoas aguardam por uma cirurgia pelo SUS, e encontram problemas como o motoboy. O secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, diz que é possível ampliar o atendimento para alta complexidade no interior. "Nesses serviços que hoje fazem média complexidade, existe a possibilidade de ampliar para alta. Obviamente, tem que ter outra estrutura, tem que ter UTI", disse.
"Se ele puder ajudar, me encaminhar para uma cirurgia, e ajudar essas outras pessoas que precisam com urgência, eu boto as mãos para o céu e peço a Deus que ilumine o caminho de todo mundo", concluiu João Emílio.

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