Manifestação é contra medidas do governo federal para o setor.
Profissionais estão dando orientações sobre prevenção de doenças.
“É um protesto, não é uma greve. A intenção é conscientizar a população e não prejudicar os atendimentos”, explicou Leite. Cerca de 4 mil médicos atuam no estado, segundo o Sinmed-MS.
A categoria é contra o incentivo do governo federal à vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem o exame de revalidação do diploma e contra o programa Mais Médicos. “Queremos apenas que os médicos estrangeiros sejam tratados no nosso país da mesma maneira que nós somos tratados nos outros países”, justificou Leite.
praça (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
Engelman também afirmou que é contra o aumento de dois anos no curso de medicina. “Os últimos anos do curso já são voltados para os atendimentos do SUS. O que o governo federal quer é uma mão de obra barata, gratuita nos hospitais”, criticou.
Além dos atendimentos, os profissionais estão distribuindo panfletos e conversando com a população. A aposentada Maria Mendes foi uma das pessoas atendidas no posto montado pelos médicos na praça. “Gostei da iniciativa e também defendo a causa dos médicos. Por que chamar profissionais de outros países? Vamos valorizar os médicos que já trabalham no nosso país”, afirmou.
atendimento (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
“A saúde municipal, estadual, e federal está uma porcaria. Concordo com as reivindicações dos médicos, tem que ter mais equipamentos, mais medicamentos, mais estrutura. O problema não é a falta de médicos, é a falta de vontade dos políticos”, reclamou o idoso.
Este é o segundo protesto da classe médica realizado em Campo Grande no mês de julho. O primeiro foi no dia 23, e reuniu 200 pessoas, segundo estimativa da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran).
Mobilização Nacional
As paralisações fazem parte do calendário estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) para registrar o descontentamento da categoria com as medidas adotas pelo Executivo federal sem o consentimento dos médicos.
Conforme a entidade, caso não haja avanços no movimento, os sindicatos médicos poderão decretar greve por tempo indeterminado a partir de 10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade das paralisações relâmpago.
No dia 8 de agosto está programada uma marcha de profissionais da medicina em Brasília. Na ocasião, será realizada uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário