Falta de chuva no estado impede que a raiz fique madura para colheita.
Especialista prevê que preço do produto tende a subir mais no ano que vem.
A área plantada com mandioca no estado caiu 38% em comparação ao ano passado. “A situação vai ser bem pior no próximo ano e daqui mais 18 meses, quando a produção que seria resultado do plantio atual não acontecer”, prevê o especialista da Embrapa, Carlos Estevão.
A tonelada da farinha que custava R$ 232 no mês abril está custando R$ 269 ao produtor – um reajuste de 16%. Mas o preço no varejo subiu ainda mais. O preço do quilo para o consumidor passou de R$ 1 para R$ 2,50.
Na propriedade do agricultor Carlos Mota em Cruz das Almas, no recôncavo baiano, a mandioca plantada no ano passado não se desenvolveu e a raiz que poderia ser colhida agora não pode ser retirada porque a terra está dura.
O produtor rural Antonio Caldas precisou pagar o dobro do preço para comprar mandioca com outros agricultores para conseguir manter a produção de farinha e beiju. “Aqui na minha comunidade, tem cerca de 50 produtores e menos de 15% têm mandioca madura para colher. A falta de chuva fez com que essas mandiocas novas não ficassem prontas para a colheita. Já está fazendo quase um ano que foi plantada, mas a chuva foi escassa”, lamenta o agricultor.
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