Márcio Lazzari tem três diferentes negócios de inciativas sustentáveis.
Quando universitário, ele decidiu investir na área e buscou especialização.
Em 2005, Lazzari foi cursar o mestrado em Gerenciamento Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável na Université de Technologie de Troyes (UTT), na França, onde se especializou em ecodesing. “Descobri várias oportunidades de negócio, tanto para resíduo automotivo quanto para resíduo eletrônico”, apontou.
A série 'Protagonistas do Verde' conta com três reportagens e cada uma delas apresenta um personagem que desempenha uma atividade sustentável, ligada a preservação do meio ambiente e preocupada com o futuro da planeta, temas discutidos na Rio+20.
Assim, quando voltou ao Brasil, em 2006, o estudante que na época tinha 28 anos estava decidido a investir em projetos de soluções sustentáveis. Atualmente, aos 34, Márcio é proprietário de uma empresa de consultoria de pesquisa e desenvolvimento ambiental, e tem sociedade em outras duas.
Segundo o empresário, o serviço prestado é interessante a empresas que se preocupam com o meio ambiente. “A gente quer dar oportunidade a quem quer investir em negócios verdes e investir em algo de crédito mesmo. Consolidado, baseado em pesquisa e não em achismos”, disse.
Além da empresa de gestão, o curitibano tem participação em um negócio de brindes ecológicos – são camisetas feitas com plástico reciclado, agendas e cadernos com capa de fibra de coco e espiral de bambu, canetas bambus e outros -- e em uma nova empresa que pretende vender um sistema coletor de copinhos plásticos em corridas de rua. “Conseguimos calcular quanto de impacto ambiental foi gerado naquele evento. É uma solução internacional, que serve também para conscientizar o atleta para o descarte”, relata Lazzari.
Para empresário que um dia, assim como Marcos, vislumbrou apostar em propostas sustentáveis para o planeta, investir no 'verde' é “um risco muito alto, sem dúvida”. No entanto, ele pontua que é preciso “ter muita paixão pra se arriscar”.
“Como um montanhista que vai subir uma montanha um pouco difícil você tem que ter todo um planejamento, um bom preparo. Então não é todo mundo que assume, quem assume, assume por paixão ou porque quer ganhar um benefício próprio, ou ajudar as pessoas mesmo. No meu caso, é por paixão, benefício próprio, e porque quero ganhar retorno com isso, financeiro. E a minha maior felicidade é gerar riqueza para o meu país, gerar tecnologia para o meu país, gerar um bem estar melhor para as pessoas que sobrevivem disso", diz Márcio.
Para aqueles que ainda têm a intenção de inverter capital em soluções em prol do meio-ambiente, Márcio deixa a dica e relata que propor a inovação vale a pena.
iniciativas 'verdes' (Foto: Ariane Ducati/G1)
De acordo com um estudo produzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a Rio+20, o Brasil tem três milhões de postos de trabalho no setor ambiental, chamados ‘empregos verdes’, que hoje representa 7% da mão de obra formal do país. A maior parte desses trabalhadores está no setor de energia renovável. Na Europa, 14,6 milhões de pessoas já têm empregos relacionados com a proteção da biodiversidade.
“Essa é a minha proposta. Eu quero ajudar para o desenvolvimento. No caso, o ecodesenvolvimento, desenvolver ações que realmente não prejudiquem os meus netos no futuro”, resume o empresário.
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