A maioria dos espetos de bambu é feita de forma artesanal.
Estimativa de fabricantes é vender até um milhão de espetos por mês.
Segundo o comerciante Bruno de Andrade Galvão, a venda dos churrasquinhos é alta durante boa parte do ano. “Final de ano é época boa, festas, confraternização de empresa. A gente chega a vender até quase 50 mil espetinhos por mês. O consumo é alto”, afirma.
Esse elevado consumo de churrasquinho ajuda a aquecer a economia de algumas cidades da Zona da Mata de Alagoas, através de famílias que transformam o bambu em espetos. Uma vez por semana a artesã Valdileide Gomes, o marido e os dois filhos vão de carroça à procura do bambu e encontram a matéria-prima do espetinho no meio da floresta. De volta para casa, as varas da planta são serradas e logo o trabalho em grupo dá resultado. Mãos habilidosas dão forma a centenas de palitos para churrasquinhos.
Para Valdileide, a atividade vai além da obtenção de renda financeira. “Eu amo essa profissão porque, além de ganhar um trocadinho para sobreviver, eu gosto de fazer artesanato. Eu tenho prazer de fazer os espetos”, declara.
Os palitos passam um dia levando sol para ficarem adequadamente secos. Nos meses de festa no Nordeste, a produção da família de Valdileide triplica. O marido da artesã, o também artesão Manoel Pereira, relata que as vendas dos espetos são boas. “Vende muito. Dependendo da quantidade que a gente fizer, 10 mil, 15 mil, 20 mil, o pessoal leva tudo”, expõe.
A Associação dos Paliteiros de Viçosa produz cerca de 600 mil palitos por mês. Para atingir esse valor, o processo é semi-industrializado. A secagem é feita em um forno onde são aproveitadas as sobras do bambu para produzir calor. A meta é dobrar a produção até o fim do ano.
De acordo com o presidente da Associação dos Paliteiros, Cicero Belarmino, a ideia é atingir até um milhão e meio de espetos vendidos por mês.
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