Peças do museu de Cruzeiro do Sul são catalogadas

Estimativa é que 1,5 mil peças sejam cadastradas.
Trabalho é feito por duas historiadoras.

Vanísia Nery Do G1 AC

Acervo paleontológico será catalogado (Foto: Vanísia Nery/G1)

O Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura Elias Mansour, em Cruzeiro do Sul, começou a catalogar as peças do museu Memorial José Augusto. O trabalho está sendo feito por duas historiadoras e a estimativa é que 1,5 mil peças sejam catalogadas.
A pesquisa começou há um mês com o cadastro do acervo indígena. Durante o período já foram registradas mais de 795 peças. De acordo com a historiadora Irineida Nobre, a catalogação permite o conhecimento minucioso do acervo.

“Estamos tendo o cuidado de registrar todas as peças no nosso acervo, quantas são, de onde vieram, para que possamos ter o controle. A ideia é também deixar o acervo do museu organizado para quem for administrar futuramente”, relatou.
O museu conta com acervo arqueológico, sacro, artefatos indígenas, paleontológico, e algumas peças doadas pela comunidade que estão sendo nomeadas como acervo ribeirinho. Uma outra equipe trabalha paralelamente fazendo um projeto para identificar a data das peças arqueológicas.
Como parte do projeto do Departamento de Patrimônio Histórico, começou na terça-feira (12)  uma oficina Educação Patrimonial, onde serão abordados os temas de história, memória e patrimônio cultural. A oficina acontece no terceiro piso da  Biblioteca Pública Estadual de Cruzeiro do Sul, e é voltada para servidores do museu, teatro, biblioteca e acadêmicos de história de uma universidade particular da cidade, e população em geral.
O museu Cruzeiro do Sul, Memorial José Augusto, conta com um anexo do Teatro José de Alencar. O prédio que guarda os acervos históricos também é um verdadeiro patrimônio do município, já tendo sido sede da prefeitura, Câmara de Vereadores e, desde 2006, funciona como  espaço cultural.  Não existem registros históricos de data da construção do prédio, mas algumas fotos tiradas em 1913 mostram o prédio já em pleno funcionamento.
Nos últimos meses, algumas partes construídas em madeira apresentaram problemas. De acordo com a historiada do Museu de Cruzeiro do Sul, Odiceula de Souza, o projeto visa ainda contemplar o local com a revitalização que já iniciou na semana passada pela área do teatro.
“O palco e o piso são de madeira e é mais frágil. A cada dois anos estamos fazendo esses reparos, dando essa manutenção”, disse.